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quinta-feira, 30 de março de 2017

O que dizem os executivos

No Brasil, executivos querem melhorar a gestão em plena crise econômica
Embora a crise econômica, acionistas e sociedade em geral exigem desempenhos financeiros e sociais mais altos da empresas.
Pesquisa recente levada a cabo pelo PROCEB, programa estabelecido no âmbito da Fundação Instituo de Administração, revela que os executivos buscam soluções e estabelecem suas prioridades para atender as expectativas de todos. Para isso, as prioridades para sua ação dentro das empresas envolvem a formação de líderes, o incentivo a inovação, fidelização de clientes e aumento contínuo da produtividade.
Entre os maiores desafios estão: incrementar a meritocracia, envolver-se efetivamente com os problemas referentes a pessoas, entender com anterioridade as mudanças no seu setor de atuação e mobilizar os talentos internos para o comando de áreas estratégicas.
O esforço parece ter uma direção muito próspera no médio prazo

quarta-feira, 29 de março de 2017

De crise em crise, a imprensa vende jornais

É recorrente a imprensa noticiar a iminência de uma crise financeira mundial
O raciocínio das previsões sobre catástrofes iminentes começa sempre pelas sucessivas  ondas de estímulos monetários, que inclui juros negativos em boa parte dos países desenvolvidos e pressões inflacionárias, combinadas com a baixa disposição dos investidores internacionais em aplicar em ativos locais.
E continua, acentuando que a aversão ao risco , em meio a preocupação com o baixo crescimento mundial e com a deterioração dos fundamentos domésticos devem manter o dólar pressionado, assim como as expectativas de inflação elevadas, sustentando altas das taxas de juros de longo prazo.
Está feito o marketing dos jornais. Agora é a venda está garantida.
Vejam que o que aconteceu foi exatamente o contrário disso tudo.
Mas a imprensa não para. Principalmente se o ambiente começa a sossegar. Aparecem novas notícias sobre a fragilidade dos bancos europeus e os riscos com a vulnerabilidade dos sistema financeiro chinês. O monstro da catástrofe está refeito! Em seguida basta especular sobre o contágio desses problemas na economia brasileira.
As decisões empresariais são muito prejudicadas por esse culto à desgraça. 

terça-feira, 28 de março de 2017

A difícil vida do comprador digital

Não é fácil comprar com dispositivos móveis
A PwC (PricewaterhouseCoopers) acaba de publicar pesquisa sobre o mcommerce (comércio eletrônico realizado por meio de mobile) e os resultados mostram que o problema está relacionado às frustrações em relação à atividade de compra. Veja as principais barreiras ao uso desses aparelhos:
  • 33,7% dos consumidores americanos online acham seus celulares (telas) muito pequenos para realizar uma compra por meio deles.
  • 23,9% disseram que as versões mobile dos sites de compra não são fáceis de usar.
  • 19% se sentem inseguros para fechar uma compra via smartphone.
  • 17% afirmaram ter uma conexão de internet lenta.
  • 15,8% simplesmente não têm acesso a redes Wi-Fi.
A evolução da qualidade da oferta será imprescindível para generalizar a adoção desses produtos com o instrumento de compra.

sexta-feira, 24 de março de 2017

Uns comemoram. Outros lamentam.

Consumidor feliz, produtor quebrado?
Os preços das terras cultivadas nos principais estados agrícolas dos Estados Unidos permaneceram em queda, no último trimestre de 2016 e no primeiro de 2017, conforme pesquisa Federal Reserve de Saint Louis. O Estudo incluiu ainda as terras de Illinois e Indiana. A redução abrupta dos preços do milho, da soja e do trigo pressionaram a rentabilidade e a liquidez das propriedades rurais, sobretudo no meio oeste americano.
De acordo com o Fed, os preços das terras agrícolas, nessa região,  caíram cerca de 13% até final de fevereiro. A quantidade ofertada desses produtos cresceu em velocidade superior à demanda. O Fed de Kansas City também apontou quedas semelhantes para as terras não irrigáveis em Kansas e Nebraska.
Os banqueiros, por outro lado, esperam um declínio entre 6% a 10% nos preços das terras não-irrigadas, localizadas nas planícies centrais, até o final de 2017.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Mudanças no ensino

Alguns avanços na Educação para Executivos
Cada país tem enfatizado algumas características associadas aos elementos culturais próprios. No Japão os alunos se curvam em saudação à chegada do professor na sala de aula. Nos Estado Unidos, conteúdos empresariais compartilham o curriculum dos cursos com os conteúdos de organizações governamentais. No Reino Unido, seminários com os executivos são liderados por mais de um professor. Talvez seja a maneira encontrada para que os professores se sintam estimulados a refletir sobre todo o programa com outros colgas.
O ensino a distância tem sido estimulado em todos esses países, assim como as tarefas fora de sala de aula tem crescido, em volume, e requerido um maior envolvimento do participante com seu programa de educação.
O espaço em sala tem sido muito utilizado para desenvolvimento de um espírito crítico e da inteligência emocional dos alunos. A intenção é a de criar profissionais criativos e com forte capacidade de liderança.
Entre as tendências pedagógicas mais recentes, estão os seminários entre professores do mesmo curso. A integração dos conteúdos das disciplinas ministradas revela que os resultados do aprendizado podem dar ao executivo uma visão mais ampla e uma melhor compreensão sobre o ambiente de negócios e sobre as estratégias requeridas para o sucesso das organizações que dirigem.
Integração de conhecimentos parece ser um novo caminho a ser explorado também nas instituições de ensino continuado para executivos no Brasil.

terça-feira, 21 de março de 2017

O valor do dólar

A depreciação do real será essencial para o crescimento e o emprego
Parece razoável supor que a recuperação econômica não produza, pelo menos nos momentos iniciais, maiores pressões sobre os preços. Afinal o parque produtivo nacional apresenta grande ociosidade que pode ser reduzida sem investimentos e outros esforços, garantindo a oferta para o novo consumo.
Também os juros poderão continuar em queda, sem pressionar a inflação. Será possível baixar a Selic, pelo menos até 9,0% ao ano, sem desembocar em altas de preços.
Quanto ao câmbio, a maior pressão sobre as exportações poderá vir das entradas de moeda forte no país em função, sobretudo, das privatizações. Isso ajuda a deprimir os preços, mas compromete o crescimento e o emprego.
A demanda interna deveria crescer a ponto de substituir a demanda externa, para preservar o crescimento e a expansão do emprego.
Vale lembrar que a maior parte das exportações brasileira decorre das commodities agrícolas e minerais vendidas ao exterior, que não encontram mercado interno tão amplo para seu consumo.
Diante disso será necessário manter ativas as exportações por meio de taxa cambial perto de R$ 3,50 e abandonar a prática, durante a recuperação, de utilizar o câmbio como elemento de controle de inflação.

quinta-feira, 16 de março de 2017

Conselhos estão mais assustados

As preocupações dos Conselhos de Administração
Os Conselhos de Administração estão dedicando mais tempo à supervisão da gestão de risco.
As responsabilidades que demandam mais tempo são:
a) rever e aprovar a política global de gestão de risco
b) monitorar a utilização do apetite ao risco, incluindo o risco financeiro e não financeiros.
c) avaliar e monitorar riscos novos e emergentes.
Entretanto, os conselheiros reconhecem a urgência em disseminar nas empresas a cultura de risco e de rever planos de incentivos para alinhar riscos e recompensas.
Recompensar sem considerar riscos pode ser muito perigoso.

O preço de tantos desmandos

A necessidade de parecer honesto
está custando muito
É crescente a preocupação das organizações com o problema do compliance. Foram tantos os desmandos pelo excesso de desregulamentação dos mercados que hoje a sociedade exige das empresas a exibição de sua conformidade com o aparato ético e legal dos ambientes que frequentam.
De início, houve até uma certa empolgação empresarial. Mais recentemente, contudo, começaram a chegar as faturas referentes aos custos dessa conformidade. São custos muito altos e, pior, esses custos continuam a crescer, na medida da implantação de reformas regulatórias. Essas últimas apertam o cerco contra corrupção, condutas concorrenciais, desvios em decisões referentes aos mercados de capitais, ao meio ambiente etc.
Exige-se agora que haja conformidade da empresa às jurisdições onde ela opera, sobretudo amparada em forte documentação comprobatória. São necessárias pessoas, processos, consultores. Tudo custa muito.

terça-feira, 14 de março de 2017

Não pode passar desapercebido

Brasil assina acordo para desenvolver a Internet das Coisas
Brasil e União europeia assinaram acordo de cooperação dia 28/2, com o objetivo definir um quadro de colaboração conjunta no desenvolvimento da tecnologia 5G e da Internet das Coisas. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Informações e Comunicações assinou também memorandos de entendimento com a Europa para o intercâmbio de informações e experiências nos dois setores.
No primeiro, referente à tecnologia 5G, onde compareceram como instituições operadoras do acordo a Telebras e a 5G Infrastructure Association (5GIA), organização que reúne empresas e desenvolvedores de tecnologia na União Europeia. No segundo, as partes foram a Associação Brasileira de Internet das Coisas e a European Alliance for Internet of Things.
A ideia é trabalhar em projetos reais e alcançar progressos concretos, compartilhando o pensamentode que é necessário buscar padrões globais e aspectos de harmonização, promover a IoT e desenvolver o setor privado.

sábado, 11 de março de 2017

Uma escola para gestores de bancos centrais

Para quem quer trabalhar em um banco central
Bundesbank é o nome do Banco Central da Alemanha. Ele tem um papel central na gestão do econômica do país, desde que, na década de 20, a sociedade germânica foi surpreendida por um surto hiperinflacionário. A ele também se atribui a recuperação econômica da Alemanha no pós-guerra.
É tal a confiança que a população deposita no Bundesbank que, em 1992, o presidente da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, o francês Jacques Delors, afirmou que "nem todos os alemães acreditam em Deus, mas todos eles acreditam no Bundsbank".
Hoje ele se subordina ao Banco Central Europeu, instituição que responde pela política monetária dos países que formam a Zona do Euro. Sua influência é tida como maior que aquela que as regionais do Federal Reserve têm no banco central americano.
Schlosshof der Hochschule der Deutschen Bundesbank in Hachenburg
Em uma iniciativa absolutamente inédita, o Bundesbank criou uma escola para formação de gestores de banco centrais, com curso de 3 anos, oferecido a 350 jovens. A escola que começou a funcionar em 1976, está localizada acima das florestas do vale de Hachenburg, em um antigo palácio de condes locais, conhecido por Schloos Hachenburg.
É nesse local, construído no século XII, que se forma uma elite de gestores de banco centrais. A concorrência por uma vaga é bastante acirrada. São 10 candidatos por vaga. Os selecionados não pagam nada e ainda recebem 1.400 euros mensais para seu custeio. Assumem, entretanto, o compromisso de, findo o curso, trabalharem por cinco anos no Bundebank.
O curriculum é bastante focado em finanças e economia e os egressos da escola são conhecidos por constituirem a primeira linha de defesa contra instabilidades externas e contra qualquer ataque aos poupadores alemães.O reitor, Erich Keller afirma que "a KPMG mostra grande interesse por seus alunos e que a escola mantém programas de intercâmbio com países preocupados com a formação de gestores públicos, como Rússia, China e Bielorússia."
Bundesbank-Hochschule Schloss Hachenburg: Immer nur an Geld denken, aber bloß nicht für sich persönlich
Vejam o castelo. Que tal? Vamos encarar esse desafio? Lá, o custo para o governo alemão, por aluno, está estimado em 38 mil euros, por ano.
Deixando esse aspecto à margem de nossas considerações, pode-se imaginar que experiência maravilhosa seria discutir política monetária em uma cidade medieval, cercada por florestas, na companhia de velhos condes, vagando pelos jardins do antigo palácio.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Cautela e canja de galinha

Ainda há problemas nas economias do mundo
Os receios quanto aos impactos da saída do Reino Unido da União Europeia, bem como as políticas protecionistas do presidente Trump sobre o crescimento não podem ser deixadas à margem das análises do futuro da economia mundial. As previsões de crescimento deverão ser revistas a cada trimestre. O momento sugere cautela, embora muitos analistas já deem como certa a retomada do crescimento mundial e sua sustentabilidade.
A Europa convive com problemas fiscais em muitas de suas economias. As correções dos déficits são, por natureza, recessivas. Por essa razão, a política monetária da região deverá manter- se pouco restritiva, estimulando o crescimento e a redução do desemprego, em 2017. Os indicadores cíclicos dão guarida às intenções de crescimento, amparados na melhoria dos fundamentos econômicos. A política orçamentária, embora mantenha-se apertada, terá nesse ano um espaço maior para ampliar moderadamente os investimentos públicos.
 O crescimento chinês, embora estável, dependerá de estímulos monetários, do reequilíbrio das contas públicas de municípios e província, do controle da bolha do sistema financeiro paralelo e da recuperação gradual do sistema financeiro oficial. À medida que a conjuntura global aumente sua volatilidade, mais difícil será administrar esse conjunto de variáveis e de garantir crescimento ao país. A nova política protecionista dos EUA tem como alvo a China e, nesse sentido, as tensões comerciais podem se agravar entre os dois países.  

quarta-feira, 8 de março de 2017

É como se nenhum país fosse retalhar

E onde isso tudo pode acabar?
O projeto Trump deve inicialmente produzir uma desorganização completa das cadeias globais de valor. Afetam os custos dos suprimentos, impactam as vantagens competitivas e comparativas dos países. Mas, tudo isso é administrável no prazo mais longo. Afinal, gestores existem para isso mesmo.
Sem considerações de outra natureza, é de se esperar que, no plano econômico, no curto prazo, o protecionismo possa trazer realmente uma expansão da oferta de novos postos de trabalho, com uma dinamicidade maior da economia.
No longo prazo, entretanto, as experiências protecionistas sugerem que essa doutrina possa conduzir o país a um isolacionismo crescente com perdas sucessivas de sua competitividade e com a consequente redução de seu crescimento. Sem concorrência internacional, o protecionismo não estimula os esforços de inovação, pressiona os preços internos, amplia o desemprego, reduz o salário real. A formação de cartéis, o aumento do abuso econômico e das práticas desleais de comércio tendem a se multiplicar.

É contraditório proteger a si e pedir abertura aos outros

A inspiração das medidas protecionistas
A nova política comercial tem inspiração populista. Nasce de acusações ao sistema multilateral de comércio, que estaria distorcendo as regras de mercado, principalmente pelo desrespeito à propriedade intelectual, às leis trabalhistas e pela manipulação do valor das principais moedas internacionais. No plano interno, essas assimetrias seriam responsáveis pela acumulação déficits em suas transações com exterior, pelo elevado nível de desemprego dos americanos e pela destruição de seu complexo industrial. A China é apontada, nesse sentido, como o maior problema do país, sem exclusão de qualquer outro que mantenha relações comerciais com os Estados Unidos.
Explicitamente a agenda proposta por Trump coloca a soberania nacional à frente da política comercial. Sugere ainda que as leis americanas de comércio devam ser aplicadas nas relações com outros países, deixando à margem outras legislações nacionais ou supranacionais. Encoraja outros países, em sentido contrário e de forma diversa ao que propõe para si, que abram os seus mercados às exportações americanas. Por fim, estimula a defesa da propriedade intelectual e a revisão de acordos comerciais que tragam maiores benefícios para os Estados Unidos.

Enfiando o pé na jaca

A natureza do protecionismo norte-americano
É no mínimo estranho que, no mundo globalizado, viesse dos Estados Unidos, uma proposta tão retrógrada para as relações comerciais entre blocos, países e empresas. Mais estranho porque são os norte-americanos um dos principais gestores das grandes cadeias globais de valor. Trump enviou recentemente ao Senado de seu país a agenda da política para o comércio exterior, que mais parece à uma reedição ingênua da doutrina mercantilista e das práticas comerciais dos séculos XVII e XVIII. Trata-se da intervenção, quase monárquica, do governo na economia, para proteger as indústrias locais.
Em síntese, a proposta contempla a proteção às indústrias nacionais contra a concorrência internacional, por meio do aumento de impostos de importação, de subsídio à produção local, criação de normas e de outras barreiras técnicas, adicionadas de ingredientes isolacionistas como construção de muros e repatriação de unidades industriais. Tudo eivado do mais profundo desrespeito às regras do comércio internacional, às instituições supranacionais, à ordem econômica e à governança mundial. Coisas de fazer os velhos fisiocratas virarem em seus caixões.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Novas previsões

Otimismo na economia mundial
O Fundo Monetário Internacional atualizou em janeiro suas previsões sobre o crescimento mundial.
A previsão para a economia dos Estados Unidos de crescimento de  2,3%, em 2017 e, 2,5% em 2018. As previsões de todas as instituições internacionais eram bem mais conservadoras.
Para a zona euro, o FMI também espera crescimento mais alto que o de previsões anteriores. O crescimento da região seria 1,6% em 2017. Para a Europa essa taxa traria uma recuperação expressiva no nível de emprego e impulsionaria a demanda interna.
A surpresa ficou para a Espanha, o pais com a maior taxa de crescimento prevista para a região: 2,3%.
Embora o FMI reconheça que a incerteza aumentou, prevê um crescimento mundial de 3,4% para este ano.