A desvalorização do real encontra respaldo na economia e na política nacionais
Política fiscal desequilibrada, juros muito altos, escassez
de crédito, aumento do desemprego, salários em queda e baixo consumo mostram um
país carente de fundamentos econômicos. Nesse quadro, a moeda
brasileira tende a desvalorizar-se ainda mais.
No
mundo, o risco dos emergentes cresce. O receio com essas economias contribui
para fortalecer o dólar internacionalmente. Para agravar esse cenário, os
Estados Unidos podem aumentar os juros internos a qualquer instante, ampliando
a atratividade de sua economia e pressionando a cotação da moeda norte-americana ao redor do mundo.
Por outro lado, os últimos fatos da política brasileira produziram novas instabilidades e fizeram as incertezas crescerem de forma
exuberante.
Já
não se acredita que a equipe econômica tenha condições de evitar o desastre fiscal,
nem tampouco impedir o crescimento da dívida pública. A perda do grau de
investimento é tida como certa, havendo leves divergências em relação ao
momento em que isso vai ocorrer.
A revisão de metas fiscais no mês de julho foi
o golpe de misericórdia.
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