Correções de preços dos ativos na China
A China vem dando sinais que seus ativos, em
bolsa de valores,
sofreriam um ajuste de preços substancial no mercado. A burocracia governamental agiu rápido,
despejando 200 bilhões de dólares e baixando medidas normativas. Tudo com o
sentido de conter a derrocada do mercado de ações, cujos preços haviam
alcançado patamares especulativos. As medidas, de fato, estimularam uma fuga de
capitais sem precedentes e provocou uma forte depreciação da moeda local.Essa
destruição de riquezas encontra precedentes na crise financeira mundial de 2008
e sugere a necessidade de medidas monetárias e fiscais que concedam estímulos
econômicos adicionais. As empresas estão com apreciável queda de rentabilidade
e com uma taxa de ociosidade crescente, municípios e províncias encontram-se endividadas,
negociando dia a dia seus débitos com o governo de Pequim. O ajuste já vinha
atingindo o mercado imobiliário e estendendo-se para mercado financeiro, a essa
altura, também bastante fragilizado. A meta oficial de crescimento, fixada em 7,0%,
já não é tida como possível, comprometendo o emprego a renda e, portanto, o
consumo e a qualidade de vida.Agrava esse
quadro o fato de a China começar lentamente a perder espaço como mais barato
produtor industrial do mundo, para economias como Vietnã, Índia, Indonésia e
México. A exemplo do Japão nos anos 50, e Coréia do Sul nos anos 80, a tendência
é que deixe de produzir material de baixo custo e qualidade, enveredando para produtos
de alta tecnologia e maior valor agregado.O problema é
que diversos países do mundo, principalmente emergentes como o Brasil falharam
em ouvir estes sinais ao se alinhar à China, no pós crise de 2008, e agora
perderam a chance de se aproveitar de um momentum de recuperação renovado das
economias centrais.
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