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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Os ajustes chineses têm proporções mundiais

Correções de preços dos ativos na China
A China vem dando sinais que seus ativos, em bolsa de valores, sofreriam um ajuste de preços substancial no mercado.  A burocracia governamental agiu rápido, despejando 200 bilhões de dólares e baixando medidas normativas. Tudo com o sentido de conter a derrocada do mercado de ações, cujos preços haviam alcançado patamares especulativos. As medidas, de fato, estimularam uma fuga de capitais sem precedentes e provocou uma forte depreciação da moeda local.Essa destruição de riquezas encontra precedentes na crise financeira mundial de 2008 e sugere a necessidade de medidas monetárias e fiscais que concedam estímulos econômicos adicionais. As empresas estão com apreciável queda de rentabilidade e com uma taxa de ociosidade crescente, municípios e províncias encontram-se endividadas, negociando dia a dia seus débitos com o governo de Pequim. O ajuste já vinha atingindo o mercado imobiliário e estendendo-se para mercado financeiro, a essa altura, também bastante fragilizado. A meta oficial de crescimento, fixada em 7,0%, já não é tida como possível, comprometendo o emprego a renda e, portanto, o consumo e a qualidade de vida.Agrava esse quadro o fato de a China começar lentamente a perder espaço como mais barato produtor industrial do mundo, para economias como Vietnã, Índia, Indonésia e México. A exemplo do Japão nos anos 50, e Coréia do Sul nos anos 80, a tendência é que deixe de produzir material de baixo custo e qualidade, enveredando para produtos de alta tecnologia e maior valor agregado.O problema é que diversos países do mundo, principalmente emergentes como o Brasil falharam em ouvir estes sinais ao se alinhar à China, no pós crise de 2008, e agora perderam a chance de se aproveitar de um momentum de recuperação renovado das economias centrais. 

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