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da
zona rural.
A safra 2016/2017 deverá alcançar 215,3 milhões de toneladas,
ajudada por chuvas abundantes nesse período. Essa produção é 15% maior que a
safra de 2015/2016 e fará o PIB agropecuário crescer 5% no primeiro e no
segundo semestre e, no mínimo, 7% no ano, conforme dados da consultoria LCA. Esse
aumento da produção decorre quase que exclusivamente dos ganhos de
produtividade, dado que o crescimento da área plantada foi de apenas 1,3%.
As expectativas agora estão
concentradas nos preços que essa produção alcançará. O preço da soja cedeu muito,
a partir das previsões da alta produção mundial. Os preços do milho também
sofreram quedas no mercado externo, embora permaneçam atraentes no mercado
interno. Nesse contexto, o consumo chinês é decisivo. Na safra passada, os
chineses atracaram seus navios silenciosamente em portos ao Norte do Brasil,
comprando à vista parcela expressiva da produção do centro-oeste brasileiro. A
saca de 60 kg alcançou, no pico, preços superiores a R$ 45,00, no Estado de São
Paulo.
Para esse ano, além dos chineses, a
imposição dos Estados Unidos da taxa de importação de 20% para os produtos
mexicanos pode gerar novos desequilíbrios dos preços. O México importa todas as
variedades de milho produzido em território norte-americano. São quase US$ 18 bilhões
de dólares de milho importados no último ano, enquanto suas exportações de
frutas atingiram US$ 21 bilhões, no mesmo período. Os Estados Unidos estão
vivendo uma super safra de milho e apresentam estoques ainda em níveis muito
elevados. O cinturão do milho, que apoiou fortemente o atual governo, pagará um
preço muito alto por isso. Embora não haja um diagnóstico preciso, o fato é que
a medida certamente desorganizará as cadeias alimentícias dos Estado Unidos,
envolvendo também trigo, carne, lácteos e xarope de milho com alta concentração
de frutose. Talvez o Brasil venha a ter uma oportunidade fantástica para
consolidar sua presença no México e nos Estados Unidos.
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