Na vida dos brasileiros,
ontem, foi um dia
para não ser esquecido
A população, atordoada, ainda estava
sobre o impacto do tarifaço, da energia e do transporte. O que
aconteceria se o país voltasse a crescer? Haveria uma aumento abrupto no
consumo de energia pela indústria nacional, com a oferta estagnada. De outro lado, ainda bem que a presidenta
Dilma Rousseff vetou a correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda das
pessoas físicas. Para ser aplicada, a MP aguardava pela sanção
presidencial, pois já havia sido aprovada pelo Senado Nacional. Os estudos do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais da Receita Federal, assumindo o IPCA de dezembro 2014, apontava defasagem
acumulada, desde 1996, de 64,28%. Como se sabe, auditores não são muito apreciados. Quando o dia estava
acabando, pernilongos e calor atormentavam mais um pouco a vida da população. Entra em cena o novo ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, que anuncia medidas de aumento de tributos para reforçar a arrecadação do
governo. A ideia não foi considerada genial pelos brasileiros, tanto mais
depois das orgias financeiras patrocinadas pelo governo brasileiro. O propósito das
medidas é obter este ano R$ 20,6 bilhões em receitas extras, subtraídas do
bolso de cada brasileiro. A estratégia para isso está na elevação do Programa
de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins) sobre os combustíveis e do retorno da Contribuição para
Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Aumentar a arrecadação
foi fácil. Difícil será cortar os gastos públicos. Penso que
isso ficará para o inverno. O frio costuma punir, com maior eficiência, as baratas perdulárias.
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