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sábado, 8 de janeiro de 2011

Mercadante não desceu do palanque

Finep: mais um banco?
No discurso de posse, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, declarou sua pretensão de transformar a Financiadora de Estudos e Projetos - Finep, agência de fomento, em instituição financeira, destinada a financiar investimentos em projetos ciência, tecnologia e inovação. Parece esquecido das experiências anteriores com esse tipo de banco. Além dos riscos típicos da atividade bancária, incluem os riscos dos negócios que financiam. A idéia não poderia ser pior para o estado brasileiro. Viraram “esqueletos”e prestaram-se a todos os tipos de descaminhos.
O próprio Mercadante reconhece a necessidade de estudos cuidadosos, embora já exista até parecer favorável do Banco Central. "Como instituição financeira, ela vai ter muito mais eficácia e eficiência para poder financiar pesquisa e inovação, a exemplo do BNDES, pois você não depende de recursos orçamentários.", afirmou.
No palanque, promete-se. No processo gerencial é importante dizer como as coisas serão feitas. Isso é o que preocupa. De onde virá o dinheiro? Há um projeto para isso? Qual será o retorno?
Sem essas respostas, a impressão que fica é que será o contribuinte quem arcará com o ônus desse novo empreendimento público. Para fomentar a ciência e a tecnologia é necessário mais um banco? O Estado deveria “emagrecer” e está “engordando” mais um pouco. Coisas de quem não vai descer do palanque.

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