Poupança e crescimento
A
taxa de poupança se constitui em uma das mais sérias restrições ao volume de
investimentos a ser financiado e, dessa forma, em um limitador à taxa expansão da
acumulação de capital da economia. No
prazo médio, a consequência mais cruel é que tais limitações transformam-se em
fatores determinantes da baixa taxa de crescimento da renda real. Trata-se de
um ciclo vicioso, pois com a queda da renda, a capacidade de poupar do indivíduo
torna-se ainda menor. Países
com taxas elevadas de poupança (acima de 30% do PIB), como os asiáticos, cresce
a taxas superiores aos países com taxas baixas de poupança (em torno de 20% do
PIB). O último dado sobre o Brasil fala em uma taxa de poupança na casa dos 17,5%
em relação ao PIB). México e Chile apresentam-se com taxa próximas aos 22,5%. Portanto,
reequilibrar a macroeconomia e, com isso obter crescimento, deveria envolver
uma discussão sobre a poupança doméstica e as taxas de investimentos na
economia brasileira. Poupar não é a única providência. É apenas a primeira,
pois transformar poupança em investimento, nesse momento, dependerá das
expectativas sobre a sustentabilidade do crescimento futuro. Para
ser sustentável o crescimento requer estabilidade fiscal e inflação convergindo
para o centro da meta. Por
isso, um ajuste, maior ou menor, é o pressuposto da ampliação da poupança. Desejável seria um
nível superior a 25%, e uma taxa de investimento que o mais possível acompanhe
a taxa acumulação de capital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário