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domingo, 29 de março de 2015

Poupar ou consumir?

Poupança e crescimento
A taxa de poupança se constitui em uma das mais sérias restrições ao volume de investimentos a ser financiado e, dessa forma, em um limitador à taxa expansão da acumulação de capital da economia. No prazo médio, a consequência mais cruel é que tais limitações transformam-se em fatores determinantes da baixa taxa de crescimento da renda real. Trata-se de um ciclo vicioso, pois com a queda da renda, a capacidade de poupar do indivíduo torna-se ainda menor. Países com taxas elevadas de poupança (acima de 30% do PIB), como os asiáticos, cresce a taxas superiores aos países com taxas baixas de poupança (em torno de 20% do PIB). O último dado sobre o Brasil fala em uma taxa de poupança na casa dos 17,5% em relação ao PIB). México e Chile apresentam-se com taxa próximas aos 22,5%. Portanto, reequilibrar a macroeconomia e, com isso obter crescimento, deveria envolver uma discussão sobre a poupança doméstica e as taxas de investimentos na economia brasileira. Poupar não é a única providência. É apenas a primeira, pois transformar poupança em investimento, nesse momento, dependerá das expectativas sobre a sustentabilidade do crescimento futuro. Para ser sustentável o crescimento requer estabilidade fiscal e inflação convergindo para o centro da meta. Por isso, um ajuste, maior ou menor, é o pressuposto da ampliação da poupança. Desejável seria um nível superior a 25%, e uma taxa de investimento que o mais possível acompanhe a taxa acumulação de capital.


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