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segunda-feira, 17 de abril de 2017

O resultado econômico dita o rumo político

O caso francês ilustra o fracasso da dubiedade política
Não há como tergiversar com a economia nos países desenvolvidos. Resultados fiscais, emprego, crescimento e inflação são definitivos para as pretensões políticas dos candidatos.
Veja França sob o comando de Hollande:
PIB: O crescimento do PIB foi lento, embora estável no período 2012-17. Quando Hollande assumiu, o PIB crescia a 0,26% e no quarto trimestre do ano passado, a França cresceu a 1,1%. Entre o momento da posse e o final de 2016, o PIB nunca apresentou resultado negativo.
Entretanto, o crescimento do PIB francês é inferior à média da UE de 1,85% e inferior ao da Alemanha e do Reino Unido. Ou seja, trata-se de um resultado insatisfatório, embora positivo.
Desemprego: O governo Hollande recebeu do governo anterior um desemprego em 9,7%. Em dezembro de 2016, Hollande apresenta o desemprego com uma taxa de 10,0%, apontando para o insucesso de sua política de expansão do emprego e ainda com o indicador em ligeira alta. Também aqui, o desempenho é inferior à média da União Europeia de 8,2%.
Saldo Fiscal Consolidado: O déficit fiscal da França, em 2012, foi de 4,8% do PIB. Em 2016, o déficit diminuiu para 3,3%, embora também se mantenha mais alto que a média da União europeia inferior a 3% e esteja muito distante do resultado alcançado pela Alemanha com excedentes de 0,8% e da Área do Euro, déficit de 1,8%.
Inflação: Em geral, o crescimento da inflação em França foi inferior à média da UE, Alemanha ou Reino Unido durante a presidência de Hollande. Durante o segundo semestre de 2016 e início de 2017, o crescimento anual do índice de preços ao consumidor cresceu rapidamente, 1,4% em janeiro de 2017, mas ainda é inferior aos níveis do início de seu governo, algo em torno de 2%).
Resultados fracos, inferiores aos da região não permitiram sua candidatura à reeleição. Em países desenvolvidos, não se brica com a economia. O preço a ser pago pelo político é sempre muito grande.

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