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domingo, 2 de abril de 2017

O mundo já não é mais o mesmo

Os governantes continuam os mesmos
No Paraguai, tivemos fortes manifestações populares depois que 25 senadores aprovaram uma emenda constitucional, permitindo a reeleição do presidente do país, Horacio Cartes. O projeto foi aprovado pelos senadores ao final de uma sessão convocada de urgência, no final da semana.A manifestação resultou na morte de um importante líder ativista da oposição, dezenas de cidadãos feridos e na destruição do congresso Nacional, ademais de outros prejuízos ao patrimônio público.
Na Rússia, outro oposicionista, Alexei Navalny, e centenas de partidários foram detidos há sete dias atrás durante protestos contra a corrupção, em uma das maiores manifestações contra Vladimir Putin desde seu retorno ao Kremlin em 2012. Os protestos, convocados por Navalny, reuniram dezenas de milhares de pessoas no país. Navalny já havia publicado rela tório, onde acusava o primeiro-ministro Dimitri Medvedev de patrocinar os interesses de um império imobiliário financiado por oligarcas.
Os Estados Unidos vivem onda de protestos desde a posse do presidente Trump. Protestos de feministas, contra os posicionamentos sexistas do presidente, protestos de imigrantes, protestos contra as mudanças nos planos sociais herdados de Obama, protestos contra a discriminação religiosa e racial e protestos na área econômica pela implantação de medidas protecionistas, de inspiração mercantilista.
Na França, os protestos têm como alvo as ações policiais, tidas como muito violentas, e contra a exclusão das populações das periferias das grandes cidades, tomadas pelo sentimento de injustiça em relação aos imigrantes que vivem nos subúrbios dessa cidade. Mais recentemente as manifestações ganharam mais força, com a população intensificando a violência em seus protestos contra as reformas trabalhistas propostas pelo Governo.
No Brasil, ocorrem protestos contra o governo Dilma, contra as necessárias Reforma da Previdência e das relações trabalhistas e a favor da Lava a Jato.
No mundo todo, o povo participa, vigia com maior atenção a gestão pública.
Políticos precisam entender a nova realidade e reassumir seus compromissos com a sociedade. É momento de deixar à margem os interesses de grupos e de pessoas e de produzir o atendimento às crescentes demandas sociais. Elas estão se reproduzindo em velocidade muito rápida, tornando-se iminentes e os governantes não conseguem responder a elas com a presteza que a sociedade exige.

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