A
questão fiscal compromete
a aversão a risco
Agora
se descobre que o governo atrasou pagamentos para produzir o superávit fiscal
anunciado. Nada desmoraliza mais o país diante dos investidores internacionais
do que as manobras contábeis que visam ludibriar as avaliações dos analistas. Sobre
isso, duas palavras devem ser ditas. A primeira é que o engodo não prospera
pela primariedade das ações realizadas como objetivo de camuflar o fracasso
fiscal. A segunda refere-se à perda da confiança a que se lançou o país, exatamente
em momento decisivo às decisões de investimentos na área de infraestrutura.
Vivemos,
no mundo, um cenário financeiro de reavaliação das alocações de recursos em
mercados emergentes, sobretudo pelas cogitações sobre decisões norte-americanas
de retirar incentivos à recuperação econômica e sobre uma possível alta de
juros naquele país. A desvalorização do real é tida como certa, nessa hipótese.
Investidores
enxergam nisso o aumento do risco-Brasil, pelo despreparo fiscal em que o país
se encontra e pela inflação que insiste em se manter em patamares muito maiores
que os desejáveis. O ceticismo dos agentes deve se acentuar nos próximos dias,
justificando a convicção de que o Brasil sofrerá em futuro próximo um rebaixamento
de sua nota de classificação de risco.
No momento o rating brasileiro está em “BBB”. Entretanto, a redução do superávit primário, a perda da credibilidade, o baixo crescimento, a redução da transparência em relação números crescentes da dívida bruta deixam claro que o mercado já precifica a política fiscal e vê como certo o rebaixamento do rating de nosso país.
No momento o rating brasileiro está em “BBB”. Entretanto, a redução do superávit primário, a perda da credibilidade, o baixo crescimento, a redução da transparência em relação números crescentes da dívida bruta deixam claro que o mercado já precifica a política fiscal e vê como certo o rebaixamento do rating de nosso país.
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