Crescimento é bom, mas causa
frustração aos agentes
Esperava-se que a China apresentasse um desempenho sofrível
em 2013 e que isso pudesse dar causa a um retrocesso nos movimentos de
recuperação econômica de todo o mundo. Não foi o que aconteceu. O crescimento
do país alcançou 7,7%. Esse resultado fica acima das projeções, embora os dados
econômicos apresentados nos últimos meses dessem margem a especulações sobre um
crescimento de até 8,0%. O otimismo exacerbado levava em consideração o aumento dos
investimentos, o crescimento da produção industrial e a ampliação das vendas no varejo dos
últimos meses. Somou-se a isso o anúncio da criação de uma zona de comércio
aberto em Xangai. Uma região, dentro de território chinês, de livre comércio, considerada
como uma inequívoca manifestação do reformismo do atual governo. Mesmo sem fornecer detalhes sobre seus planos para liberalizar
regulações sobre as finanças do governo, investimentos e comércio na nova área,
a imaginação de investidores e demais agentes voaram alto. Bastou dizer que a
zona de livre comércio cobriria uma área de cerca de 29 quilômetros quadrados
ao leste de Xangai e que já estava aprovada pelo Conselho de Estado da
China, para que as expectativas sobre o crescimento chinês aumentassem. Com isso o PIB de 7,7% pareceu medíocre, quando deveria ser
comemorado. Afinal, para 2014 já se pode esperar por alguns sinais
desenvolvimentistas das medidas tomadas há poucos messe. As reformas podem, de
fato, acelerar em alguma medida o crescimento da China nesse primeiro instante, contudo, seus maiores efeitos devem se dar em prazos mais longos. Enquanto quanto isso, é a recuperação mundial quem vai dar a maior contribuição à aceleração da economia nesse ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário