Nada,
de fato, faz o investidor perder a confiança no Brasil
A crise
política é imensa. A crise econômica não é menor. Mas os investidores estão
entusiasmados. Só nessa semana, ainda que muito curta devido ao feriado de
quinta-feira, tivemos as seguintes notícias:
1)- A CMA
GCM, companhia de navegação de capital francês, divulgou a conclusão do acordo
para aquisição da Mercosul Line, empresa de cabotagem (navegação entre portos
do mesmo país) pertencente a Maersk Line.
2)- A
Maersk havia comprado a alemã Hamburg Sud, dona da Aliança que, por sua vez, é líder
no tráfego marítimo doméstico brasileiro. Temia uma ação do Conselho Administrativo
de Defesa Econômica do Brasil que, provavelmente apontaria para concentração no
mercado de cabotagem.
3)- A
empesa norte-americana AGCO, empresa que detém a marca Massey Ferguson, e uma
das grandes produtoras mundiais de máquinas agrícolas, está concluindo a
aquisição milionária da Kepler Weber, tradicional produtora de silos e
equipamentos para armazenagem de grãos. Esse negócio estaria na casa dos US$
200 milhões.
4)- O banco
espanhol Santander avalia a compra do brasileiro Banco Original. O Original tem
forte atuação no agronegócio, área de interesse estratégico do Santander.
5)- Também
já circulam rumores sobre a venda da Vigor. As maiores interessadas seriam as
francesas Danone e Lactalis. O processo
de venda estaria em estágio inicial. Haveria ainda duas outras interessadas, uma
mexicana, outra suíça.
Os
investidores estrangeiros demonstram um grande interesse em ativos brasileiros,
sobretudo para os chamados investimentos externos diretos. Nada abala a fé desses homens. Eles querem frequentar o mercado nacional porque esperam dele uma boa rentabilidade.
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