Tudo começou com a operação carne fraca
O aparecimento de abscessos na carne "in natura" exportada do Brasil para os Estados
Unidos é a prova mais cabal de que o gado brasileiro é vacinado e, portanto,
livre de doenças que pudessem prejudicar a saúde humana.
A
vacinação pode sim causar esses abscessos em função das práticas utilizadas
durante a aplicação das vacinas. O fato é que essas pequenas lesões são desprovidas de
consequências para o consumo e atestam o procedimento preventivo. Apenas a aparência da carne é que padece de sua
beleza bruta e natural.
A suspensão
da importação norte-americana parece estar relacionada a uma conduta mais
geral, alinhada à perspectiva econômica do presidente Trump, que claramente
quer proteger o país de importações de seus concorrentes. O protecionismo,
nesse caso, busca proteger produtores e industriais de carne bovina, garantindo
um maior nível de emprego no país e o crescimento da renda de sua população.
Sem
entrar em discussões teóricas, a opção pelo protecionismo é, no médio prazo,
autofágica. Punirá o consumidor americano com futuras altas de preço do
produto.
Para o Brasil, entretanto, a proibição pode, sem dúvida, servir como pretexto para medidas similares a serem tomadas por outros países e, dessa forma, traduzir-se em novas perdas de share no mercado internacional. Os prejuízos para pecuária terão repercussões imediatas por toda a cadeia de produção, derrubando os preços internos e desestimulando investimentos na expansão e no aperfeiçoamento do criatório nacional.
Para o Brasil, entretanto, a proibição pode, sem dúvida, servir como pretexto para medidas similares a serem tomadas por outros países e, dessa forma, traduzir-se em novas perdas de share no mercado internacional. Os prejuízos para pecuária terão repercussões imediatas por toda a cadeia de produção, derrubando os preços internos e desestimulando investimentos na expansão e no aperfeiçoamento do criatório nacional.
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