A Europa e a China reagem
O índice ZEW referente ao sentimento econômico europeu mostra avanço
considerável na Zona do Euro. Evoluiu dos 59,1 para 60,2 pontos de outubro para
novembro, impulsionado pelos juros mais baixos. Por toda a região inicia-se um
processo de maior confiança na recuperação europeia e até um alento novo com os
resultados referentes ao último trimestre do ano. Imagina-se para esses meses
uma aceleração quase generalizada da economia europeia. Vamos esperar e conferir.
Na China, a expressão “forças do mercado” vem ganhando prestígio para
explicar o comportamento da moeda local face ao euro e ao dólar. O movimento de
abertura do mercado financeiro deverá inaugurar para o câmbio e para os juros
um novo processo de precificação.
Fluxos dos capitais estrangeiros e nacionais passam a ser relevantes
na formação desses preços, contando, naturalmente, para manutenção da
estabilidade, com a magnitude espantosa das reservas chinesas, que por isso
passam a ter funções novas na proteção de eventuais desequilíbrios nessas áreas.
Portanto, o regime cambial deverá prever bandas para oscilações das apreciações
e depreciações da moeda chinesa. O mercado espera que a amplitude dessa banda
venha a ser bem maior do que a de passado recente para sinalizar com uma maior liberação
para flutuação desses preços.
Por outro lado, a taxa de juros passará a sofrer pressões mais fortes
com a ampliação da entrada de capitais, pressionando a liquidez do sistema e
induzindo a queda da dólar e a alta dos preços internos.
Será necessário, portanto, uma monitoração muito precisa desses
elementos e um gradualismo muito controlado, com ajustes sucessivos de excessos
eventuais.
Difícil mesmo ficou prever o crescimento do PIB para o próximos períodos.
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