Torcendo
para dar certo.
O IBGE divulgou
ontem o resultado do IPCA do mês de novembro. A alta foi menor do que o mercado
esperava e mostra uma desaceleração razoável do índice mensal: 0,54%. Não há
brasileiro que torça contra esse resultado. Todos desejam uma baixa inflação e
um crescimento, no mínimo, moderado.
A análise
mais serena mostra, entretanto, que não existem motivos para comemorações mais fortes.
Afinal, a redução do IPCA veio da menor alta nos preços de bens duráveis, com
ênfase em automóveis novos, e de altas mais discretas em alimentação e bebidas.
Tudo em sintonia com a análise feita na postagem de ontem, nesse blog.
Para
dezembro sugiro cautela. Os combustíveis ficaram mais caros, todos os itens associados
ao turismo interno devem sofrer novas pressões nesse final de ano,
a primeira parcela do 13º já chegou na economia e a segunda vai entrar nos próximos dias.
Dezembro é, naturalmente, um mês onde o consumo aumenta e os preços também. O Natal e o Ano Novo são tradicionalmente bons amigos da inflação.
O momento
é inoportuno para discussões sobre o abandono definitivo do tripé econômico. Essas discussões
só alimentam expectativas altistas e afastam investidores externos.
De tudo
que se disse esse ano, lembro que o governo afirmava dispor de um gigantesco
arsenal para dar combate à inflação e para aumentar o crescimento econômico. Sempre me
pergunto; que é dele?
Nenhum comentário:
Postar um comentário