Não
há dúvida de que a produção
nacional precisa ser representada
por uma amostra correta
Os
atuais conflitos que assolam as instituições oficiais de pesquisa não podem
nublar o esforço metodológico de melhor representar o universo das empresas que
formam a riqueza do país. De fato, a nova amostra incluirá setores, empresas e
produtos que estavam à margem das contagens atuais. O
número de locais amostrados passa de 3.700 para 7.800, revelando a fragilidade das
coletas anteriores de dados e passam a incluir produtos de uso generalizado como, por exemplo, os samartphones e tablets, cujas a contabilizações não eram
feitas até agora. Ademais, itens que se quer existem mais nas linhas de produção,
são excluídos da pesquisa, enquanto empresas (até as de grande porte) passam,
em função da nova metodologia a serem cobertas pela amostra. É o caso da indústria
petrolífera de Campos, no Rio de Janeiro, de usinas de açúcar e álcool, no
interior do país, e de um bom número das novas montadoras que ingressaram no
país mais recentemente. Não
há razões para confundir essa iniciativa com os episódios políticos que atingiram
o IBGE nesses últimos dias. É infundado imaginar que essa nova metodologia esteja
sendo implantada, nesse início de maio, apenas para apresentar um melhor desempenho
do crescimento nacional, por meio de um PIB maior. O PIB realmente aparecerá
maior e isso se dá porque, definitivamente, ele é mesmo maior. O PIB precisa
ser medido de forma sempre mais precisa independentemente das nuances políticas
que possam derivar da publicação de seus resultados, seja qual for a
circunstância política do momento.
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