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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O mercado de trabalho emite seus sinais

O quadro do desemprego parece favorável.
Mas não é.
Mesmo com a taxa de desemprego em queda no mês de outubro (de 4,9% para 4,7%), segundo o IBGE, não há muito que comemorar. O resultado foi alcançado pelo aumento do crescimento do “emprego por conta própria” em prejuízo daquele criado por “carteira assinada”. Esse último apresentou-se em queda de 0,3%, face ao mês anterior. Sabe-se que o emprego por conta própria embute riscos maiores por estar mais sujeito aos efeitos das flutuações econômicas, ademais de não fazer jus a outros benefícios. Em outras palavras, eles custam bem menos a quem contrata. Os custos das relações trabalhistas estabelecidos pela assinatura das carteiras de trabalho incentivam a busca por outras formas de contratação que, no jargão dos sindicalistas, levam à precarização do trabalho. Os números desse mês, às vésperas do Natal, deixam clara a estratégia defensiva do empregador. Sem crédito para formar estoques nessa época do ano e para atender as outras demandas de capital de giro, o empregador debate-se com impostos elevados, encargos sociais desmedidos e juros altíssimos. Não lhe resta alternativa, senão contratar autônomos e pessoas jurídicas que amenizam seus custos. É hora de flexibilizar as relações de trabalho e de reduzir o custo de contratar para garantir a queda do desemprego e o ânimo empresarial de assinara as carteiras.

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