O
quadro do desemprego parece favorável.
Mesmo
com a taxa de desemprego em queda no mês de outubro (de 4,9% para 4,7%),
segundo o IBGE, não há muito que comemorar. O resultado foi alcançado pelo
aumento do crescimento do “emprego por conta própria” em prejuízo daquele
criado por “carteira assinada”. Esse último apresentou-se em queda de 0,3%,
face ao mês anterior. Sabe-se
que o emprego por conta própria embute riscos maiores por estar mais sujeito
aos efeitos das flutuações econômicas, ademais de não fazer jus a outros
benefícios. Em outras palavras, eles custam bem menos a quem contrata. Os
custos das relações trabalhistas estabelecidos pela assinatura das carteiras de
trabalho incentivam a busca por outras formas de contratação que, no jargão dos
sindicalistas, levam à precarização do trabalho. Os
números desse mês, às vésperas do Natal, deixam clara a estratégia defensiva do
empregador. Sem crédito para formar estoques nessa época do ano e para atender
as outras demandas de capital de giro, o empregador debate-se com impostos elevados,
encargos sociais desmedidos e juros altíssimos. Não lhe resta alternativa,
senão contratar autônomos e pessoas jurídicas que amenizam seus custos. É
hora de flexibilizar as relações de trabalho e de reduzir o custo de contratar para garantir a queda do desemprego
e o ânimo empresarial de assinara as carteiras.
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