Sem indústria o emprego fica ameaçado
Tradicionalmente os melhores salários estão no setor industrial. Infelizmente, a produção da indústria brasileira, no mês de setembro, apresentou um recuo de 0,2% em
relação ao mês anterior, segundo as pesquisa industrial mensal do IBGE. No
comparativo com o mesmo mês do ano anterior, a queda foi de -2,1%. A
indústria nacional está sucateada. Refazê-la pede um plano de longo prazo, com
articulação de inúmeras políticas públicas como as de tecnologia, educação e
cultura. Uma tarefa para além de um estado aparelhado. É preciso desmontar
mitos e pensar novos paradigmas, afastados das ideologias já mortas e não sepultadas. Caso contrário, o emprego está ameaçado e o trabalho tornará real o de fantasma da precarização. No
ano de 2014, a produção industrial já acumula queda de 2,9% e, nos últimos 12
meses, a queda é de 2,2%. No terceiro trimestre deste ano, ao recuo foi de -3,7%
em relação ao mesmo período de 2013. Os
setores que mais contribuíram para a queda foram produtos alimentícios, com
redução de 4,1%, e produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com -1,3%.
Curiosamente, os setores veículos automotores, reboques e carrocerias, apresentaram-se
em alta de 10,1%, e produtos farmacêuticos e farmoquímicos, com desempenho similar, evitaram
que as quedas fossem ainda maiores. É
preciso definir setores estratégicos e quais serão as políticas tecnológicas
horizontais que possam trazer ganhos de produtividade. Políticas tão verticais quantos
as adotadas até agora, mostram interesses políticos, diversos dos perseguidos pela boa formulação rumos para a economia para o país.
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