No centro decisório não se admite paralisação
O IPCA-15 atingiu um patamar absurdo. 0,99 em junho. Considerada a
atual taxa básica de juros da economia nacional, estamos diante de uma inflação
muito alta. Enquanto a alta dos preços prospera, os investimentos estão no
campo dos números negativos. Fala-se abertamente em desinvestimentos em uma
parte considerável dos setores econômicos. O Banco Central provavelmente continue a insistir em sua política
monetária restritiva, dando a entender que o Copom adicionará mais 0,5% a Selic,
em sua próxima reunião. O câmbio ainda não produziu seus efeitos no comércio exterior
brasileiro que apresentará esse mês novos déficits. O investimento externo
direto deve acabar junho entre 4,0 a 4,5 bilhões de dólares. O IBGE deve trazer a taxa de desemprego de maio também crescente e
já se aproximando dos 7,0%. O Caged mostra o fechamento de mais 115 mil postos
formais de emprego, no mês de maio. Não há espaço para o imobilismo econômico. O governo precisa repensar sua política de juros
altos, seus gastos com o custeio da máquina pública, acelerar uma reforma
administrativa, rever a questão da previdência evitando a extinção o fator
previdenciário, dar força aos investimentos que aumentem a produtividade geral
do sistema. Preocupa o descaso com decisões urgentes. É preciso reagir.
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