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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Incertezas

Por que o investidor recua
A balança comercial reage lentamente às desvalorizações cambiais. O crescimento deve ser em 2015 menor que -1,5% e o câmbio deve chegar a R$ 3,50. Para 2016, o crescimento deve estar em 0% e a inflação acima de 6,5%. Nesse momento, políticas microeconômicas, como a otimização tributária, poderiam dar algum resultado.  A grande dificuldade nesse momento é definir uma estratégia que possa quebrar o ciclo de alta de preços tão resistente. O esforço do governo permanece concentrado em não perder o grau de investimento e o ajuste tem perseguido esse objetivo. Vive-se um momento difícil. A GM fechará cinco fábricas no Brasil. O presidente da Mercedes Benz se diz emparedado e manifestou-se, de maneira inusitada, impotente diante do quadro econômico instalado. As demissões se aceleraram muito no último mês e logo deverá alcançar o setor de serviços. O governo protege o cidadão como se ele fosse um hipossuficiente, desequilibrando as contas públicas. Com isso, os empresários temem, em um prazo mais longo, alcançar-se um momento de ruptura. As taxas de financiamento da dívida pública estão custando ao governo inflação mais 6,5% ao ano. Trata-se de uma taxa de default.

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