O mercado corrige
O processo de desindustrialização
precoce da economia nacional reflete o baixo investimento realizado e a
política de valorização do câmbio, voltada exclusivamente ao combate à
inflação. Reflete também as altas taxas de juros e à redução da desoneração das
exportações. A produtividade do trabalhador não avança. Sem investimentos
não é mais possível melhorar a relação Produto/Trabalhador. A capacidade desse
trabalhador em operar o capital (máquinas, equipamentos, etc) disponibilizado à
produção, cada vez mais sofisticado, também está estagnada. Na comparação de 12
meses encerrados em março, a queda da produtividade, segundo o IBGE, foi de
1,5% e o salário real na indústria cresceu 1,1%, evidenciando que a variável
chave para o ajuste é o salário real.
Emprego, salário e produção
Indicadores
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Índice em 12 meses
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Emprego
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-3,9
|
Número de Horas Pagas
|
-4,6
|
Produção
|
-6,1
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Salário médio
|
1,1
|
Produtividade
|
-1,5
|
Fonte: Pimes/IBGE
O indicador do número de horas pagas
pela indústria vem se deteriorando no acumulado em 12 meses. Registrou baixa de
4,5% em março. Os investimentos deverão apresentar queda de 8% esse ano e
de 4% nem 2016. A taxa de investimento da economia
brasileira em 2014 ficou em 19,7%, menor patamar desde 2009, quando ficou em
19,2%, segundo o IBGE. O ajuste dos salários trará produtividade ao
sistema econômico. Irônico, não?
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