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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Aviso aos navegantes

Investimento Externo Direto mudou de nome
Decidir sobre investir no Brasil requer uma avaliação do ambiente de negócios. Nesse momento, há razões de sobra para explicar a redução desses investimentos no país: altos impostos corporativos, a demora para se abrir e fechar um negócio, o custo elevado dos trâmites burocráticos, a ainda frágil governança corporativa. Esses elementos tornam o país menos atraente para o investimento direto. Onde está o olho do investidor, portanto? Na carga tributária, encargos sociais e legislação trabalhista, na defasagem da educação e da saúde, na ineficiência da infraestrutura em áreas como transportes, telecomunicações, energia e, sobretudo, no excesso de regulamentação econômica a que seus investimentos se sujeitariam ao dar entrada no Brasil. Todas as avaliações são convertidas em custos para a tomada de decisão. Custos de mão-de-obra, custos gerados pela ineficiência da infraestrutura de transportes (com ênfase no sistema portuário), tributação e regulação, etc. O Investimento Direto no País (IDP) registrou entrada líquida de US$ 5,8 bilhões no mês de abril, comparado à entrada de US$ 4,3 bilhões em março. Com isso, nos últimos doze meses, até abril, acumulou entrada de US$ 86,1 bilhões, o equivalente a 3,89% do PIB. As entradas de renda fixa e de ações, por sua vez, foram positivas em US$ 3,5 milhões e US$ 3,8 bilhões, respectivamente. Em maio, o Investimento Externo Direto no País registrou, em maio, entrada líquida de US$ 6,6 bilhões, comparado à entrada de US$ 5,8 bilhões em abril. Dessa forma, nos últimos doze meses até maio, o IED acumulou entrada de US$ 86,1 bilhões, o equivalente a 3,89% do PIB. As entradas de renda fixa e de ações, por sua vez, foram positivas em US$ 1,1 bilhão e US$ 2,1 bilhões, respectivamente. O que estaria motivando o investidor internacional a trazer seu dinheiro, ou parte dele, para uma país economicamente tão frágil? Também, para isso, há razões de sobra: buscam realizar transferência de tecnologia, integração vertical ou horizontal, superar restrições às importações, obter subsídios e financiamentos governamentais, ou ainda aproveitar de fatores de demanda, fatores de custo, abrir mercados, garantir o aprovisionamento ou menor custo de aquisição de matérias-primas, diversificar ou minimizar riscos, integrar algumas de suas operações, utilizar conhecimentos já existentes, aproveitar situações cambiais, aprofundar relações com outras multinacionais existentes por aqui, obter economias em operações sincronizadas, obter vantagens de Marketing, obter vantagens administrativas ou algumas outras vantagens específicas. Do cotejo das vantagens com as desvantagens saem as decisões de investimentos. E aí o Brasil continua a ser uma alternativa interessante. Por fim, observo que o Investimento Estrangeiro Direto (IED) na nota de Contas Externas brasileiras, divulgada pelo Banco Central, passou a se chamar Investimento Direto no País (IDP). A mudança de nomenclatura faz parte das alterações implementadas pela instituição para acompanhar a nova edição do manual de balanço de pagamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI). A última revisão ocorreu em 2001. O Investimento Brasileiro Direto (IBD) também mudou e agora passa a se chamar Investimento Direto no Exterior (IDE).


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