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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Por que a Moody's eleva os ratings do Brasil
nesse momento de recuperação econômica

A dívida do Governo do Brasil, em moeda nacional e estrangeira, chega ao primeiro degrau para créditos com grau de investimento, nesse 22 de setembro, na avaliação da Moody's Investor Service. Sai então do grau especulativo Ba1 para o grau Baa3. Nada mal para esse momento.
Isso quer dizer que na avaliação internacional o Brasil melhora sua posição em relação aos demais países, embora esteja ainda muito longe daquilo que seria desejável, quando comparado a países como o Chile e o México. A visão do investidor internacional já havia se manifestado pelo menos em três fatos: no aumento dos investimentos externos diretos nesses últimos períodos, nos aportes que esses investidores têm feito nas bolsas brasileiras e, mais recentemente, no volume e nas condições que o Governo Brasileiro e as empresas nacionais tem conseguido nas captações nos mercados internacionais.
Há muito o que comemorar. Moedaeda estável, com grande liquidez e bem valorizada. A isso se soma uma política monetária conservadora e prudente, ainda que as novas projeções sobre o PIB nacional estejam criando expectativas de um suspiro inflacionário e pressionado as cotações do juro no mercado futuro. O problema estaria na redução do superávit primário, com o crescimento do custeio público. Disso, o ministro Mantega procurou dar conta em seu discurso de ontém, o que pode ter influenciado a visão da Moody's na construção de sua avaliação positiva para o país. Nessa visão a deterioração dos indicadores da dívida do país é moderada e o sistema bancário mostra-se capaz de superar estresse financeiro. Com isso, vai se consolidando, no mercado financeiro internacionalo o status de o grau de investimento que o país recebeu no ano passado, antes da crise.

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