A
preocupação do Copom é com a inflação
A
Ata do Copom não é muito diferente da anterior. Firma a ideia de um país
crescendo pouco, com inflação alta.
Enquanto
a conjunção errática de cenário externo e demanda interna anêmicos se mantiver, os juros poderão subir
mais devagar. Até o final do ano, devem subir mais 1,0% e não, necessariamente,
essa alta se iniciaria na próxima reunião, nem precisaria dar-se de forma sucessiva. As condições do momento de cada reunião ditarão o ritmo da alta
Elevações
de juros contribuem para o menor crescimento do PIB, mas, quanto pensa a
autoridade monetária, reduziria o impacto da apreciação do dólar sobre a
inflação.
No
cenário de curto prazo, o Copom não identifica qualquer disposição do
empresariado em investir ou, das famílias, em aumentar o consumo.
Para
o Ministro da Fazenda atual, ou para seu sucessor, caberá o abandono da
política fiscal afrouxada em relação ao custeio e à indução do crescimento, pela expansão dos
investimentos.
O
clima para investimentos no Brasil melhorará muito, sempre que a política
monetária afastar-se da flexibilidade excessiva e a política fiscal retomar a
austeridade como princípio básico e prioritário.
Falta
ainda avançar com as reformas institucionais, mas isso é coisa fora do alcance
das autoridades monetárias.
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