O estoque de crédito cresceu em junho
O Banco central publicou nota sobre o
desempenho do crédito, referente ao mês de junho. Houve um aumento do estoque
de crédito concedido em junho, com o saldo encerrando o primeiro semestre em R$ 2,58 trilhões. Em
maio, a alta havia sido de 1,2% e, em junho, a expansão de 1,4% foi pouco mais
forte.
Nada disso sinaliza para um aumento do nível de atividade econômica,
dado que o crédito livre apresentou comportamento em retração. A expansão
de maio, ao ritmo de 0,8%, caiu, em junho, para 0,6%. Pessoas físicas e
jurídicas estão recorrendo ao crédito direcionado, cuja expansão foi de 2,6% em
junho e, nesse caso, graças ao crescimento do crédito imobiliário e aos
empréstimos realizados nos programas do BNDES.
O Bacen faz notar a queda das concessões médias diárias, tanto das
pessoas jurídicas - com recuo de 16,9% em maio, para 7,2% em junho-, quanto
para pessoas físicas, cujo recuo foi de 9,1% em maio, para 4,1% em junho.
É de se entender que esse aperto creditício colabore com o governo federal
no combate à inflação, mas, por outro lado, anula os esforços fiscais para
ampliar o crescimento.
A esse propósito o Tesouro Nacional manteve superávit primário de R$
1,28 bilhão, em junho, a partir dos dividendos distribuídos, das concessões já realizadas
e do abatimento dos valores aplicados no âmbito do PAC.
Nada disso convence. Maquiagens à parte, o mercado não acredita mais
que as metas fixadas para o superávit primário serão alcançadas nesse ano.
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