A China não consegue reverter
sua desaceleração
A China continua sua
desaceleração, com o do PIB do terceiro trimestre crescendo 7,3%, em relação ao
mesmo trimestre do ano anterior. No segundo trimestre desse ano, o crescimento havia
sido de 7,5%. O breque de mão parece puxado nas principais economias mundiais. Os Estados Unidos surpreendem o seu próprio
Banco Central que a essa altura afasta a ideia de subir os juros no país. A
União Europeia não consegue afastar o temor de deflação. O Japão reagiu de
forma insuficiente e está distante das metas fixadas pelo plano Abe. Nessas economias os problemas
são estruturais e as soluções não serão encontradas na oferta generosa de incentivos monetários
apenas. A economia chinesa, por
exemplo, vive o dilema de controlar uma inflação persistente, em meio a alta
ociosidade de sua máquina produtiva e a um sistema bancário exageradamente alavancado. A elevada ociosidade repassa aos preços os custos da baixa produtividade, o
governo injeta recursos no sistema financeiro para evitar quebras que possam
contaminar toda a economia. Províncias e municípios apresentam um enorme descontrole
fiscal, obrigando a socorros que também ampliam a liquidez. O setor
imobiliário segue ajustando a oferta excessiva à menor demanda da população.
Com tudo isso, os investimentos continuam em queda ameaçando o emprego, a renda
e a demanda. As expectativas em relação à
Ásia continuam se agravando, enquanto a Europa e os Estados Unidos semeiam
novas dúvidas sobre seus desempenhos futuros.
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