Claro
que há riscos.
Os
principais institutos econômicos da Alemanha, Áustria e Suíça vieram a público,
na semana passada, para alertar sobre o risco de formação de eventuais bolhas
na economia europeia, em função dos incentivos monetários concedidos pelo BCE. De
fato, não revelaram nada de novo. Quaisquer políticas expansionistas, no
formato de injeções de liquidez, trazem riscos dessa natureza. Aproveitando as
lições mais recentes, é possível imaginar riscos associados aos mercados
imobiliários e outros ligados a desestabilização do sistema financeiro. O
"quantitative easing"
europeu começou ainda no primeiro trimestre desse ano, com o objetivo de comprar
60 bilhões de euros por mês, em valores mobiliários (títulos, títulos
lastreados em ativos e bônus cobertos) até setembro de 2016. O plano foi
concebido para afastar o risco de deflação na região e espera produzir uma alta de preços próxima aos 2% ao ano. Os riscos já são
relativamente conhecidos e, em algum grau, são também monitorados. Portanto, o
alerta dos institutos é uma “chuva no molhado” e não contribui para a solução
do problema. Apenas leva uma mensagem agourenta às tentativas de combate à
deflação na Europa.
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