Ainda há problemas nas economias do mundo
Os receios quanto aos impactos da saída do Reino Unido da União Europeia,
bem como as políticas protecionistas do presidente Trump sobre o crescimento não
podem ser deixadas à margem das análises do futuro da economia mundial. As
previsões de crescimento deverão ser revistas a cada trimestre. O momento
sugere cautela, embora muitos analistas já deem como certa a retomada do
crescimento mundial e sua sustentabilidade.
A Europa convive com problemas fiscais em muitas de suas economias. As
correções dos déficits são, por natureza, recessivas. Por essa razão, a
política monetária da região deverá manter- se pouco restritiva, estimulando o
crescimento e a redução do desemprego, em 2017. Os indicadores cíclicos dão
guarida às intenções de crescimento, amparados na melhoria dos fundamentos econômicos.
A política orçamentária, embora mantenha-se apertada, terá nesse ano um espaço
maior para ampliar moderadamente os investimentos públicos.
O crescimento chinês, embora
estável, dependerá de estímulos monetários, do reequilíbrio das contas públicas
de municípios e província, do controle da bolha do sistema financeiro paralelo
e da recuperação gradual do sistema financeiro oficial. À medida que a
conjuntura global aumente sua volatilidade, mais difícil será administrar esse
conjunto de variáveis e de garantir crescimento ao país. A nova política
protecionista dos EUA tem como alvo a China e, nesse sentido, as tensões
comerciais podem se agravar entre os dois países.
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