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terça-feira, 21 de março de 2017

O valor do dólar

A depreciação do real será essencial para o crescimento e o emprego
Parece razoável supor que a recuperação econômica não produza, pelo menos nos momentos iniciais, maiores pressões sobre os preços. Afinal o parque produtivo nacional apresenta grande ociosidade que pode ser reduzida sem investimentos e outros esforços, garantindo a oferta para o novo consumo.
Também os juros poderão continuar em queda, sem pressionar a inflação. Será possível baixar a Selic, pelo menos até 9,0% ao ano, sem desembocar em altas de preços.
Quanto ao câmbio, a maior pressão sobre as exportações poderá vir das entradas de moeda forte no país em função, sobretudo, das privatizações. Isso ajuda a deprimir os preços, mas compromete o crescimento e o emprego.
A demanda interna deveria crescer a ponto de substituir a demanda externa, para preservar o crescimento e a expansão do emprego.
Vale lembrar que a maior parte das exportações brasileira decorre das commodities agrícolas e minerais vendidas ao exterior, que não encontram mercado interno tão amplo para seu consumo.
Diante disso será necessário manter ativas as exportações por meio de taxa cambial perto de R$ 3,50 e abandonar a prática, durante a recuperação, de utilizar o câmbio como elemento de controle de inflação.

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