A depreciação do real será essencial para o crescimento e o emprego
Parece
razoável supor que a recuperação econômica não produza, pelo menos nos momentos
iniciais, maiores pressões sobre os preços. Afinal o parque produtivo nacional
apresenta grande ociosidade que pode ser reduzida sem investimentos e outros
esforços, garantindo a oferta para o novo consumo.
Também
os juros poderão continuar em queda, sem pressionar a inflação. Será possível
baixar a Selic, pelo menos até 9,0% ao ano, sem desembocar em altas de preços.
Quanto
ao câmbio, a maior pressão sobre as exportações poderá vir das entradas de
moeda forte no país em função, sobretudo, das privatizações. Isso ajuda a
deprimir os preços, mas compromete o crescimento e o emprego.
A
demanda interna deveria crescer a ponto de substituir a demanda externa, para preservar o crescimento e a expansão do emprego.
Vale
lembrar que a maior parte das exportações brasileira decorre das commodities
agrícolas e minerais vendidas ao exterior, que não encontram mercado interno
tão amplo para seu consumo.
Diante
disso será necessário manter ativas as exportações por meio de taxa cambial perto
de R$ 3,50 e abandonar a prática, durante a recuperação, de utilizar o câmbio como elemento
de controle de inflação.
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