Para quem quer trabalhar em um banco central
Bundesbank é o nome do Banco Central da Alemanha. Ele tem um papel central na gestão do econômica do país, desde que, na década de 20, a sociedade germânica foi surpreendida por um surto hiperinflacionário. A ele também se atribui a recuperação econômica da Alemanha no pós-guerra.
É tal a confiança que a população deposita no Bundesbank que, em 1992, o presidente da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, o francês Jacques Delors, afirmou que "nem todos os alemães acreditam em Deus, mas todos eles acreditam no Bundsbank".
Hoje ele se subordina ao Banco Central Europeu, instituição que responde pela política monetária dos países que formam a Zona do Euro. Sua influência é tida como maior que aquela que as regionais do Federal Reserve têm no banco central americano.
Em uma iniciativa absolutamente inédita, o Bundesbank criou uma escola para formação de gestores de banco centrais, com curso de 3 anos, oferecido a 350 jovens. A escola que começou a funcionar em 1976, está localizada acima das florestas do vale de Hachenburg, em um antigo palácio de condes locais, conhecido por Schloos Hachenburg.
É nesse local, construído no século XII, que se forma uma elite de gestores de banco centrais. A concorrência por uma vaga é bastante acirrada. São 10 candidatos por vaga. Os selecionados não pagam nada e ainda recebem 1.400 euros mensais para seu custeio. Assumem, entretanto, o compromisso de, findo o curso, trabalharem por cinco anos no Bundebank.
O curriculum é bastante focado em finanças e economia e os egressos da escola são conhecidos por constituirem a primeira linha de defesa contra instabilidades externas e contra qualquer ataque aos poupadores alemães.O reitor, Erich Keller afirma que "a KPMG mostra grande interesse por seus alunos e que a escola mantém programas de intercâmbio com países preocupados com a formação de gestores públicos, como Rússia, China e Bielorússia."
Vejam o castelo. Que tal? Vamos encarar esse desafio? Lá, o custo para o governo alemão, por aluno, está estimado em 38 mil euros, por ano.
Deixando esse aspecto à margem de nossas considerações, pode-se imaginar que experiência maravilhosa seria discutir política monetária em uma cidade medieval, cercada por florestas, na companhia de velhos condes, vagando pelos jardins do antigo palácio.
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