O que é bom e o que é mau.
Acreditar em inflação declinante e taxas de juros
tão baixas é muito bom. Nesse sentido, fico feliz de ver o Boletim Focus.
Mas,
o que é ruim é que para acreditar nisso é preciso crer que a situação mundial vai
continuar agravada e que a demanda global não apresentará recuperação alguma.
Isso, realmente, é muito mau.
Olhando o mundo, nessa última semana, observa-se
que a indústria chinesa voltou a crescer, com seu PMI superando os 50 pontos.
Coisa que sugere aos pessimistas pensar melhor sobre o próximo ano.
Mas, não é só com Ásia que o Brasil mantém fortes
laços comerciais. Olhe para os Estados Unidos, ainda em período pré-eleitoral,
trazendo maior ânimo aos mercados com o desempenho de seu mercado de trabalho.
Nada brilhante, mas muito animador.
Esses fenômenos certamente se somam e trazem para o
país uma expectativa de crescimento muito interessante. Considere agora o dólar
no patamar dos R$ 2,00 e a desoneração horizontal pela que passou nossa
economia, dentro dela, importantes setores industriais.
Não há razões para descrermos da recuperação
brasileira e, por isso, precisamos abrir os olhos com as pressões inflacionárias.
A liquidez é excessiva em nossa economia, o investimento estrangeiro continua forte,
o mercado de trabalho mantém-se apertado, a renda real em crescimento e as
exportações passarão a crescer, trazendo mais dólares e levando do país bens
demandados internamente.
Fica o recado: prever juros baixos, inflação baixa,
crescimento alto é, para dizer o mínimo, insensato.
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