Inflação é um mal cronificado
na economia nacional
Sem iniciar seu processo de aceleração, a economia
brasileira já apresenta inflação crescente. Apurada pelo IPCA do IBGE, no mês de outubro, apontou alta de 0,59%. Considerados os últimos 12 meses, o IPCA é de 5,45%. Mas o que preocupa, se ela se mantém dentro da meta?
De fato, a preocupação vem de duas de suas mais recentes características. A
primeira é que a inflação se mantém crescendo, ainda que o grupo de alimentos
tenha desacelerado para 1,36%, em função da queda, principalmente, nos preços de carnes
e açúcar. Isso significa que, mesmo sem as costumeiras e fortes pressões que os
alimentos exercem sobre o IPCA, e ainda contando com a colaboração de outros
grupos como habitação, a inflação se disseminou por outros itens de maneira
mais intensa.
Aliás,
essa é a segunda característica que provoca preocupação maior com o comportamento
dos preços. O índice de difusão, como é conhecido o indicador que mede essa disseminação,
apresentou-se em novo crescimento. Foi de 60,7% (IPCA-15 outubro), para 63,5%, no
final desse mesmo mês, dando conta da generalização da alta dos preços por um número ainda maior
de itens medidos.
Como se sabe, em sua definição mais básica, a inflação trata de uma alta generalizada dos preços do sistema econômico. Portanto, aumento na
difusão pode não se traduzir por uma alta mais forte, mas a generalização,
implícita na difusão, vem de encontro à natureza do fenômeno.
Barbas
de molho!
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