Os
discursos não batem com os fatos
Com base nas informações da FGV, o governo deu conta à população do arrefecimento inflacionário. Isso, por si só, já me parecia absurdo em momento em que todos os preços dos hortifrutigranjeiros e de importados haviam subido muito em fevereiro. É bom lembrar da alta do milho, da laranja, do algodão e de outras commodities agrícolas. Enfim, o caminho dos preços no Brasil não vai ser fácil de ser trilhado nos próximos meses. Quero crer que o Ministro Mantega realmente dê consequência ao corte de R$ 44 bilhões no Orçamento Nacional. Isso contribuiria muito no combate à inflação. Do ponto de vista das contas internacionais, o Brasil também não vai bem. O Banco Central anunciou um déficit em transações correntes de US$ 11,59 bilhões em janeiro. Um belo rombo, sem dúvida. Os olhos se voltam, então, para os Investimentos Externos Diretos que, em janeiro somou US$ 5,1 bilhões, aproximadamente. Nos últimos 12 meses, o saldo acumulado dos investimentos externos diretos atingiu a surpreendente cifra de US$ 81,62 bilhões. Nada menos de 3,67% do PIB. Os capitais chegam ao país, enquanto aqui, o discurso é de que os investidores temem o risco-País. Isso também exige explicações. Não se pode alardear um processo de fuga de capitais, quando os número dizem ao contrário.
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