Oferta
agrícola e câmbio
vão obrigar a Selic a voar alto
Em
dezembro, o excesso de chuvas fez os produtos hortifrutigranjeiros subirem seus
preços.
O
veranico de janeiro, que se estenderá pelo menos até a primeira quinzena de
fevereiro, puseram esses preços nas alturas. Ovos, legumes, leite e verduras
tiveram uma de suas maiores altas na história recente dos preços praticados
junto a consumidores. Essa
seca inesperada está acompanhada por temperaturas muito altas, inviabilizando a
produção desses itens. Isso está ocorrendo exatamente no verão, quando a
população aumenta o consumo de saladas, frutos e sucos. A
seca afetou também a produção de laranja no Brasil, enquanto, na Flórida, as
expectativas de produção da laranja são cada vez menores. O suco de laranja está
apresentando sucessivos picos de preços no mercado internacional. O
mesmo fenômeno ocorreu com o trigo nos Estados Unidos, pressionando as cotações
nas bolsas de mercadorias de todo o mundo. No Paraná, ontem, o preço médio do
trigo cresceu mais 0,25%.
As
pastagens secas fizeram a arroba do boi gordo também subir. A carne bovina está
muito cara e puxou a carne de frango e a de peixe. Nos Estados Unidos, a oferta
de boi gordo está baixa em função da redução do rebanho nesses últimos
anos. Por
outro lado, a demanda de milho mantem-se firme nos Estados Unidos e a oferta
nacional foi prejudicado pela falta de chuva, no momento em que o milho está granando.
A safrinha do milho e o feijão da seca já estão com suas produções
comprometidas, de vez que não puderam ser plantadas ainda. Estamos com atraso de
duas semanas no plantio e isso leva a um recuo da produção de grãos e outros
cereais. Imaginemos
agora o efeito do câmbio sobre os importados e a gastança pública em ano eleitoral.
A Selic terá que crescer muito para conter a inflação. O consumo tende a manter-se baixo.
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