Os problemas estão na confiança do consumidor
e na sua
inadimplência
A taxa de desemprego de agosto foi de 4,8%, segundo a precária
pesquisa do IBGE. Portanto, não há do que reclamar. Em termos de renda, o que atrapalha são os reajustes menores do salário mínimo e não o nível de emprego.
Em termos de crédito, a expansão é bem mais lenta. O
crescimento anual vai girar entre 11 e 12%, reduzindo o consumo e
contribuindo para a recessão atual. O crédito está mais enxuto. Os dados do Bacen mostram que os
bancos privados saíram dos empréstimos de maior risco e aumentaram sua participação
em créditos consignados e imobiliários. O Itaú-Unibanco supera, no saldo dos
empréstimos consignados, todos os outros bancos privados, nos últimos três meses,
com uma expansão surpreendente. Nos créditos de maior risco os bancos oficiais
empenham-se em uma cuidadosa ação contra cíclica. A taxa de inadimplência das pessoas físicas continua na casa dos 6,6%. Nas pessoas jurídicas a taxa sobe pressionada pelas sucessivas reduções das
vendas. Nos bancos privados, a cautela com a seletividade dos empréstimos
reduziu substancialmente a necessidade de provisões, contribuindo para a
ampliação de seus lucros. O crescimento dos lucros também foi ajudado, de forma
definitiva, pelas cobranças de tarifas, pagas por seus usuários. Na base disso tudo está o desgoverno da economia, o baixo e
maquiado superávit primário, o câmbio defasado e a Selic lá em cima.
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