Os problemas asiáticos são estruturais
e de difíceis soluções
O ritmo lento das economias da China e do Japão pode deixar o
cenário mundial ainda mais complicado e comprometer as exportações brasileiras. As vitórias do plano do Ministro Shinzo Abe são modestas,
com a inflação ainda bem abaixo dos 2,0% ao ano, e com a forte contração do
nível de atividade econômica, do primeiro para o segundo trimestre desse ano.
Analistas atribuem essa contração ao aumento de 3,0% dos impostos sobre as
vendas, ocorrido em abril. As autoridades econômicas japonesas acreditam que
será necessário ampliar os estímulos monetários, afrouxando ainda mais a política
monetária, se as metas da política de preços não forem alcançadas ainda dentro
do quarto trimestre do ano. Na China, o crescimento também se mostra muito abaixo das
expectativas provocadas pelas sucessivas medidas do governo central. A produção
industrial está em queda, as importações continuam se retraindo, o setor
imobiliário permanece com endividamento elevado. A alavancagem do setor desencoraja
a concessão de novos estímulos financeiros. Refinanciamentos foram concedidos a
inadimplentes, mediante taxas de juros mais altas. Em ambos os casos, as possibilidades de recuperação econômica nesses países estão afastadas para 2014. Para 2015, pode-se esperar por resultados melhores,
mas ainda insuficientes para ajudar o mundo em seu esforço de superação da
crise econômica em que se envolveu a partir de 2008. Para o Brasil, a manutenção
dessa situação corrobora a expectativa da redução dos preços das commodities
exportadas.
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