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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Emitir sinais é a maior regra da economia

Economia é arte de criar expectativas?
O Fed apenas sinaliza. Mudar a taxa de juros nem pensar. A economia ainda não deslanchou e a recuperação americana não conseguiu convencer nem seu próprio Banco Central. Assustadas mesmo, só as autoridades monetárias brasileiras. Quer saber? A taxa de juros nos Estados Unidos ficará baixa, pelo menos até o meio do ano que vem. E isso, se tudo correr muito bem. Na reunião de política monetária de 4ª feira, o Fed manteve os sinais de estabilidade para a taxa de juros. A liquidez do mundo, em dólar, é espantosa depois de tantos incentivos. De outro lado, isso está na raiz da evolução positiva das condições do mercado de trabalho. Por que, então, o Fed deveria mudar?
É de se imaginar que, com o tempo, taxa de desemprego, possa também evoluir. A inflação não apresenta tendências de alta. Ao contrário, pode até cair nos próximos meses. Enquanto isso, o PIB sobe, lentamente. Muito lentamente, mas sobe. A economia embute ainda grande  ociosidade. A eliminação gradual da ociosidade pode significar ganhos de produtividade para o sistema econômico americano, ajudando no combate à inflação e no aumento da renda real, desembocando em aumento do consumo interno. Tudo o que os formuladores de políticas econômicas pós-crise sonham. Juros baixos, no curto prazo, ajudam no combate à inflação, no Brasil. Crescimento da demanda americana incrementa a exportação de produtos brasileiros de maior valor agregado.
Tudo conspirando a favor. Muito bom, não é?

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