Economia é arte de criar
expectativas?
O Fed apenas sinaliza. Mudar a
taxa de juros nem pensar. A economia ainda não deslanchou e a recuperação
americana não conseguiu convencer nem seu próprio Banco Central. Assustadas mesmo,
só as autoridades monetárias brasileiras. Quer saber? A taxa de juros nos Estados
Unidos ficará baixa, pelo menos até o meio do ano que vem. E isso, se tudo correr
muito bem. Na reunião
de política monetária de 4ª feira, o Fed manteve os sinais de estabilidade para
a taxa de juros. A liquidez do mundo, em dólar, é espantosa depois de tantos
incentivos. De outro lado, isso está na raiz da evolução positiva das condições do mercado de trabalho. Por que, então, o Fed deveria mudar?
É de se
imaginar que, com o tempo, taxa de desemprego, possa também evoluir. A inflação
não apresenta tendências de alta. Ao contrário, pode até cair nos próximos
meses. Enquanto isso, o PIB sobe,
lentamente. Muito lentamente, mas sobe. A economia embute ainda grande ociosidade. A eliminação gradual da ociosidade
pode significar ganhos de produtividade para o sistema econômico americano,
ajudando no combate à inflação e no aumento da renda real, desembocando em
aumento do consumo interno. Tudo o que os formuladores de políticas econômicas
pós-crise sonham. Juros baixos, no curto prazo,
ajudam no combate à inflação, no Brasil. Crescimento da demanda americana
incrementa a exportação de produtos brasileiros de maior valor agregado.
Tudo conspirando a favor. Muito
bom, não é?
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