O Copom
fica onde devia ficar
A inflação continua recuando. A economia já esfriou bastante.
Mas nada sugere baixar a taxa básica de juros. Afinal, a inflação se mantinha teimosamente
alta, nos últimos períodos, inclusive superando o teto da meta. Essa acomodação dos preços ainda não convenceu as
autoridades monetárias. O dólar tem apresentado fortalecimento consistente em
relação às principais moedas fortes no mercado internacional. Por aqui, as
intervenções do Bacen continuam apreciando o real. O sentido disso é ajudar o
governo contra qualquer novos suspiros dos preços internos. A política fiscal também apresentou um comportamento melhor
no último mês. Nada que convença também. Assim, o Copom manteve a Selic em 11,0%. Será necessário avaliar, para a próxima
reunião, se a alta do dólar atingirá o real e a disposição do governo em continuar
seu esforço de recuperação do superávit primário. Depois disso, o Copom poderá decidir
por eventual redução das taxa de juros.
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