Capitalismo
de mercado destruído
Bolsas
não são tão enigmáticas quanto um leigo possa pensar. Por exemplo, nesse ano os
melhores resultados foram apresentados pelas Bolsas da na Ásia e nos EUA. O Ibovespa foi uma tragédia só menor em relação à Grécia e à Rússia. Não
há maiores explicações. De fato, a recuperação americana explica o desempenho
de seu mercado e a Ásia continua marcada pelas esperanças provocadas pelos
planos econômicos do Japão e da China.
“Marcado
pelas expectativas de recuperação das economias nos EUA e na Europa e pelos
mercados agitados nos países emergentes, 2014 chega ao fim com as principais
bolsas mundiais sem grandes oscilações nos países desenvolvidos, principalmente
na zona do euro. A exceção ficou com a Grécia, que ganhou destaque recentemente
com suas eleições e tem visto sua Bolsa despencar. Um
dos países que mais sofreu com a crise de 2008, a Grécia passou o ano lutando
para conseguir acelerar sua recuperação, mas no último mês, com as dificuldades
que o atual governo está tendo em relação às eleições - que foram adiantadas em
3 meses -, levaram os mercados a temerem uma vitória da oposição, o que poderia
gerar dificuldades para o programa de resgate do país. Diante disso,
pressionado por este final de ano, o índice grego registrou queda de 29,49% em
2014. Na
Ásia foram registrados os maiores ganhos de 2014, com o índice Shanghai
registrando forte alta de 49,72% no ano, seguido pelo Nikkei, que avançou
8,83%. Já o Ásia Dow ficou estável, com leve queda de 0,43%, enquanto o índice
indiano registrou ganhos de 29,41% nesses 12 meses. Segunda maior economia do
mundo, a China vem passando por mudanças econômicas, mas mesmo assim, segue
como uma potência, com forte crescimento anual. O
destaque negativo fica com a Rússia, um dos mercados mais turbulentos do ano.
Diante da tensão envolvendo a Ucrânia e as diversas sanções que o país sofreu
das grandes potencias europeias e dos EUA por causa do conflito. Além disso, a
derrocada do preço das commodities, em especial o petróleo, acaba prejudicando
bastante a economia do país. Com isso, o índice RTSI fecha com ano com
desvalorização de 44,91%. Já
na América Latina, destaque para a Argentina, onde mesmo diante da dificuldade
financeira do país e um ano conturbado em relação ao pagamento da dívida do
governo, o índice Merval fecha 2014 com ganhos de 56,61%. Diferente do
Ibovespa, que com toda a agitação da eleição e o rali causado por ela, encerra
o ano com perdas de 1,77%. Enquanto
isso, nos EUA o ano foi de empolgação, com os principais índices acionários
registrando quebras consecutivas de recordes históricos. 2014 mostrou
recuperação da economia local, mesmo que de forma moderada, levando o Federal
Reserve a encerrar o programa de estímulos à economia, o Quantitative Easing 3,
e já começar a falar em elevação dos juros para 2015.
Confira abaixo o desempenho das principais bolsas mundiais em 2014:”
Confira abaixo o desempenho das principais bolsas mundiais em 2014:”
Índice
|
País
|
Desempenho no ano
|
Merval
|
Argentina
|
+56,61%
|
Shanghai Composite
|
China
|
+49,72%
|
S&P BSE
|
Índia
|
+29,41%
|
BIST 100
|
Turquia
|
+23,70%
|
Nasdaq
|
EUA
|
+15,08%
|
S&P 500
|
EUA
|
+13,15%
|
Nikkei
|
Japão
|
+8,83%
|
Dow Jones
|
EUA
|
+8,81%
|
FTSE Straits
|
Singapura
|
+6,32%
|
DAX
|
Alemanha
|
+3,93%
|
IPC
|
México
|
+1,08%
|
CAC 40
|
França
|
+0,51%
|
Asia Dow
|
Ásia
|
-0,43%
|
FTSE 100
|
Reino Unido
|
-1,70%
|
Ibovespa
|
Brasil
|
-1,77%
|
Athex
|
Grécia
|
-29,49%
|
RTSI
|
Rússia
|
-44,91%
|
Dados entre o fechamento de 31 de dezembro de
2013 e o pregão de 29 de dezembro de 2014
|
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