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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

2015, o ano dos ajustes

Ajuste fiscal e taxa de câmbio são aguardados
Nas projeções feitas por experts, para o ano de 2015, as preocupações iniciais referem-se ao ritmo de crescimento da economia mundial. A China luta para manter seu crescimento acima dos 7%. Quer evitar a todo custo o recrudescimento das tensões sociais internas que certamente surgiriam com o agravamento do desemprego local. A Europa ensaia avanços na flexibilização de sua política monetária, mas encontra resistências dentro das próprias instituições europeias, que atrasam sua versão mais completa do quantative easing. No Japão, a deflação parece ter voltado, mesmo após todas as medidas do plano Abe. Essas expectativas trazem os preços das commoditites para baixo, comprometendo o saldo comercial brasileiro. Já se fala abertamente da necessidade de compensar a balança comercial com medidas de estímulo aos serviços e ao fluxo de capitais. Não se tem esperanças na recuperação da indústria nacional no curto ou médio prazo. A produtividade industrial está comprometida por fatores endógenos ao setor e por problemas exógenos (custo Brasil), que comprometem a produtividade setorial. Crescendo, de fato, só se acredita nos Estados Unidos. Não se trata de crescimento alto, mas sem dúvida, já se pode admitir até o aumento dos juros norte-americanos para o primeiro trimestre de 2015. Os baixos preços do petróleo provocarão efeitos dolorosos, por aqui. Principalmente na Petrobras. A valorização do dólar foi tomada como certa. Internamente, a Ata do Copom que deve sair na quinta feira, pode ser determinante nas decisões dos ajustes fiscais, do câmbio e das expectativas dos agentes econômicos em geral.

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