Fatos
novos podem trazer algum
A
Zona do Euro já havia surpreendido, na semana passada, apresentando crescimento
de 0,3%, nos últimos três meses do ano passado. A recessão parece ter ficado para trás. Para 2015, o crescimento econômico da região
continuará se recuperando, ainda que lentamente, e sempre impulsionados pelas
medidas de ampliação da liquidez previstas pelo BC. As
taxas de desemprego devem apresentar reduções, embora se mantenham em patamares
ainda elevados. Os movimentos deflacionários não devem ressurgir e estarão no
radar do BCE. A
discussão sobre os efeitos do crescimento e dos preços é o tema político desse
momento. A expectativa sobre a Europa refletiu-se positivamente no mercado
financeiro mundial. Agora
é o Japão que anuncia crescimento de 0,6%, nos últimos três meses do ano, correspondendo,
em base anualizada, a 2,2%. Um número que entusiasma, mas que ainda assim está
baixo da previsão dos analistas de mercado, de 3,7%, sugerindo que a
recuperação econômica do Japão ainda é frágil. Mesmo
que frágil, o fato é que esse crescimento acontece após dois trimestres de
contração na economia japonesa. É
compreensível entretanto que os analistas tomem como fraca a recuperação. Temem
que a lenta retomada dos gastos em consumo e dos investimentos possa comprometer
a sustentabilidade do plano, em prazo mais longo. Esperam pelas prometidas, e ainda
não executadas, reformas estruturais, bem como pelo ajuste das contas públicas. Os
agentes econômicos não estão convencidos de que apenas os estímulos monetários possam
produzir resultados definitivos em relação ao crescimento do país. Isso, de
certa maneira, retém o crescimento de expectativas mais otimistas e retardam os
investimentos privados. O
consumo privado representa cerca de 60% da economia japonesa, segundo fontes
oficiais, condicionando qualquer reação do nível de atividade à disposição de sua
população em gastar. Enquanto
isso a China esforça-se por manter um de crescimento entre 7% e 7,5% ao ano
para atender a demanda de mão de obra. Para
isso, reduziu suas taxas de juros e o percentual correspondente ao recolhimento
de depósitos compulsórios dos bancos. Esses estímulos são relativamente
recentes e inspiram cuidados para não se transformar em bolhas de preços na
economia. São vistos como verdadeiros impulsionadores do mercado interno,
estimulando o nível de atividade e a expansão dos negócios. Espera-se que tais investimentos possam ampliar, em algum grau, o emprego, a renda o consumo. O mundo torce para
isso.
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