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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Torcida Mundial

Fatos novos podem trazer algum
otimismo aos mercados


A Zona do Euro já havia surpreendido, na semana passada, apresentando crescimento de 0,3%, nos últimos três meses do ano passado. A recessão parece ter ficado para trás. Para 2015, o crescimento econômico da região continuará se recuperando, ainda que lentamente, e sempre impulsionados pelas medidas de ampliação da liquidez previstas pelo BC. As taxas de desemprego devem apresentar reduções, embora se mantenham em patamares ainda elevados. Os movimentos deflacionários não devem ressurgir e estarão no radar do BCE. A discussão sobre os efeitos do crescimento e dos preços é o tema político desse momento. A expectativa sobre a Europa refletiu-se positivamente no mercado financeiro mundial. Agora é o Japão que anuncia crescimento de 0,6%, nos últimos três meses do ano, correspondendo, em base anualizada, a 2,2%. Um número que entusiasma, mas que ainda assim está baixo da previsão dos analistas de mercado, de 3,7%, sugerindo que a recuperação econômica do Japão ainda é frágil. Mesmo que frágil, o fato é que esse crescimento acontece após dois trimestres de contração na economia japonesa. É compreensível entretanto que os analistas tomem como fraca a recuperação. Temem que a lenta retomada dos gastos em consumo e dos investimentos possa comprometer a sustentabilidade do plano, em prazo mais longo. Esperam pelas prometidas, e ainda não executadas, reformas estruturais, bem como pelo ajuste das contas públicas. Os agentes econômicos não estão convencidos de que apenas os estímulos monetários possam produzir resultados definitivos em relação ao crescimento do país. Isso, de certa maneira, retém o crescimento de expectativas mais otimistas e retardam os investimentos privados. O consumo privado representa cerca de 60% da economia japonesa, segundo fontes oficiais, condicionando qualquer reação do nível de atividade à disposição de sua população em gastar. Enquanto isso a China esforça-se por manter um de crescimento entre 7% e 7,5% ao ano para atender a demanda de mão de obra. Para isso, reduziu suas taxas de juros e o percentual correspondente ao recolhimento de depósitos compulsórios dos bancos. Esses estímulos são relativamente recentes e inspiram cuidados para não se transformar em bolhas de preços na economia. São vistos como verdadeiros impulsionadores do mercado interno, estimulando o nível de atividade e a expansão dos negócios. Espera-se que tais investimentos possam ampliar, em algum grau, o emprego, a renda o consumo. O mundo torce para isso.

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