Mercado sofrerá enxugamento da liquidez
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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
domingo, 30 de janeiro de 2011
O mercado está assustado. O exagero não se justifica.
Tudo para baixo. PIB dos EUA decepciona. Consumo, não.
Ibovespa veio para baixo, nessa sexta-feira. O índice encerrou aos 66.697 pontos. Queda forte e nível de fechamento muito baixo.Nos EUA, os mercados encerraram com fortes desvalorizações. Trata-se de resposta a indicadores inferiores às expectativas. As tensões políticas no Egito também contribuiram muito para as baixas. O PIB cresceu acima de 3,0%, mas o mercado esperava que fosse pelo menos 3,5%.
O crescimento foi principalmente provocado pelo consumo interno. Esse fato é a grande notícia que todos esperavam. Expressa um a recuperação da demanda interna. E mais animador ainda, foram a queda das importações e redução dos estoques industriais e comerciais.
Na Europa as baixas dos mercados marcaram o dia. O Egito também aqui pesou muito. A Ásia, cujo mercado abre bem antes, ficou na espera dos indicadores norte-ameircanos, fechando sem tendências definidas.
O clima pareceu-me exageradamente pessimista. As dificuldades econômicas não são maiores do que eram antes, mas a atmosfera política assusta.
Egito e Tunísia começam a irradiar suas instabilidades políticas. O petróleo disparou por isso.
Essa será uma semana que exigirá prudência. Melhor será esperar pela maior clareza do quadro político
sábado, 29 de janeiro de 2011
Austeridade necessária
PERSPECTIVA MACRO: País crescerá menos p/ manter inflação próxima da meta
Veículo: Agência Leia - Data: 28/01/11 - Danielle FonsecaSão Paulo, 28 de janeiro de 2011 - Com a elevada demanda interna e mundial, que estão pressionando preços, a inflação no Brasil poderá chegar facilmente a 7% este ano se o governo não utilizar medidas como o aumento da taxa básica de juros (Selic) e o aumento de compulsório, estimam economistas ouvidos pela Agência Leia. A expectativa é de que será inevitável sacrificar um crescimento maior da atividade e do consumo para controlar a inflação, ainda que para isso tenha de usar instrumentos que refreiem a vontade da nova classe média, com renda crescente, de comprar.
Para o economista Celso Grisi, presidente do Instituto Fractal e professor da Universidade de São Paulo (USP), o controle da inflação se tornou a prioridade este ano e é importante que o Brasil cresça em um patamar mais seguro. Sua previsão é que, em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) fique entre 4% e 4,5%, já a inflação deve chegar a 5%, um pouco acima do centro da meta, de 4,5%. O Conselho Monetário Nacional (CMN)estipulou que a meta de inflação para 2011 é de 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Porém, para que fique em 5%, Grisi aposta em uma nova elevação de compulsório antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e novas elevações da Selic nas próximas três reuniões, com uma de 0,75 ponto percentual e outras duas de 0,5 ponto percentual cada. Sem essas medidas, o economista acredita que o Indice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, chegaria facilmente em torno de 7%.
"O IPCA-15 [índice de Preços ao Consumiodr Amplo-15], por exemplo, já superou todos os tetos de projeções de mercado. Não há outra saída, vamos ter que reduzir o crédito e arrefecer o ritmo de crescimento, é difícil continuar crescendo no patamar de 2010. Além disso, o governo quer mostrar a retomada da estabilidade financeira e a disciplina fiscal", acredita o professor.
Já a economista Tatiana Pinheiro, do Banco Santander, afirma que o Brasil precisa reduzir a velocidade do crescimento, pois ainda não consegue crescer acima de 4,5% sem ter inflação. "É necessário que a velocidade de crescimento do PIB reduza. Estimamos que o PIB cresceu 7,7% em 2010 e a nossa projeção é de que desacelere agora para 4,5%. Potencialmente, o Brasil não consegue crescer a taxas tão altas, sendo que acima de 4,5% tem pressão inflacionária", afirmou.
Tatiana também lembra que é maior preocupação é a inflação, já que leva à perda do poder aquisitivo. "É mais interessante crescer a uma velocidade menor e não perder poder aquisitivo. Podem ter sidos negociados reajustes de salários em torno de 5%, mas se a inflação for de 6%, há perda", explica.
Alertas
A economista cita os dados de emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como mais uma fator que pode significar pressão sobre os preços. O Instituto divulgou esta semana que a taxa de desemprego chegou a 5,3%no ano passado, a mais baixa já registrada na série histórica, o que significa crescimento da massa salarial no mesmo ritmo. Em dezembro, por exemplo, a alta foi de 8,94% em termos reais. Ou seja, inicia-se o ano com o mercado de trabalho aquecido, o que significa demanda aquecida e em última instância, pressão sobre os preços.
Outra situação que dificultará trazer a inflação para a meta, segundo
Tatiana, é que itens de serviços, por exemplo, são parcialmente integrados à inflação passada. Entre os itens, cita os aluguéis, indexados ao IGP-M ou
IPCA, e preços administrados, que têm vínculo forte contratual com a inflação passada. Outros serviços como os de restaurantes e aé de barbearia também tem vinculação.
"Cerca de 45% do IPCA, que é a parte de serviços mais preços administrados, têm algum vínculo com a inflação passada. Outros 23% são alimentação, que também deve continuar pressionando os preços para cima. Ou seja, quase 70% dos itens que compõem o IPCA devem apresentar variação de preços muito acima da meta de 4,5%, sendo que a expectativa é de que a economia ainda cresça. É difícil imaginar que a inflação passada não seja repassada nos preços este ano", argumentou.
Com esse cenário, a economista espera uma alta mais consistente da taxa de juros: a previsão do Santander é que a Selic chegará a 13% este ano, com aumento nas próximas três reuniões de 0,5 ponto percentual e depois mais uma reunião com alta de 0,25 ponto, estendendo o ciclo de elevação pelo menor até julho. Mesmo considerando esse aumento na Selic, no entanto, o Santander projeta IPCA de 5,5%, que só chegaria a 4,5% em 2012. "Sem a política monetária, com certeza ficaria acima do teto de flutuação, facilmente ficaria acima dos 6,5%, que é o teto da meta", afirmou.
Assim como o Santander, o Itaú Unibanco também vê que o mercado de trabalho e demanda aquecidos ainda devem pressionar a inflação este ano. Além disso, destaca que o próprio Banco Central (BC), em Ata do Copom divulgada ontem, cita as taxas de desemprego historicamente baixas.
"A ata explica a necessidade de elevação dos juros em função de uma 'evolução desfavorável' dos cenários prospectivos de inflação e do descompasso do crescimento da demanda e oferta. De fato, o aquecimento da atividade se reflete em uso intensivo dos fatores de produção, especialmente no mercado de trabalho", apontou o comunicado do banco, assinado pelo economista-chefe Ilan Goldfajn e pelo economista Caio Megale.
Com isso a instituição financeira prevê um aumento da Selic ainda este ano de 1 ponto percentual, complementados por medidas como o aumento do compulsório, mas que não serão suficientes para que a inflação não ultrapasse os 4,5% em 2011.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
A guerra silenciosa nas mídias
Existe uma guerra silenciosa, discreta e muito restrita para definir as fronteiras dos novos territórios de mídia.
Com a Convergência das Mídias se tornando realidade, as teorias de convivência das plataformas de mídia são colocadas em cheque, não por sua viabilidade tecnológica, mas por estruturas de controle acionário.
Vencidas as barreiras tecnológicas e de comportamento do usuário, os domínios de novos territórios (leia-se plataformas) - passam a ser definições de modelos de negócios e controle acionário.
A FASE 1 da convergência já foi ultrapassada: as tecnologias existentes permitem multi-plataformas para as mídias. Todos os grandes veículos impressos no Brasil já desenvolveram seu aplicativo para IPAD. Isso foi (exaustivamente) debatido em voz alta nos mercados.
Com a FASE 2, a situação é bem diferente. Na fase 2 entra o debate sobre modelo de negócios: como ganhar dinheiro e como fazer isso em cada plataforma?
A resposta a estas questões tendem a passar também por aspectos sobre o controle acionário e participação de capital nacional nas novas plataformas. Afinal sabemos que não há - rigorosamente - nenhuma barreira para uma empresa telefônica, por exemplo, a atuar em outras plataformas (i.e. TV PAGA). Sabemos também que o controle acionário dessas empresas é multinacional.
O debate silencioso agora é sobre “propriedade cruzada”.
O que é isso? É o domínio, pelo mesmo acionista (ou acionistas), sobre diferentes plataformas (Web, TV aberta, TV paga, rádio, jornal, OOH).
O governo parece adotar um modelo de concessão única. Ou seja, um mesmo acionista detém direitos em várias plataformas. Do ponto de vista de distribuição de conteúdo faz todo o sentido. Do ponto de vista de controle acionário, expulsa concorrência externa.
Como essa medida expulsa a concorrência? Resposta Simples: O Ministério das Comunicações defende a extensão aos meios de comunicação digital (portais) do limite de 30% de capital estrangeiro que hoje vigora para jornal, rádio e TV.
Este é um assunto muito importante (e muito polêmico) que é pouco debatido na mídia (por motivos óbvios).
Acredito que a academia poderia propiciar um ambiente para um debate onde o contraditório pudesse ser observado para cada modelo adotado.
Todos ganhariam com o debate: usuários, clientes, fornecedores, profissionais da mídia e a sociedade.
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez -> http://que-midia-e-essa.blogspot.com/
ramirogon@uol.com.br
Autor: Mídias e Negócios e QUE CRISE É ESSA?
Com a Convergência das Mídias se tornando realidade, as teorias de convivência das plataformas de mídia são colocadas em cheque, não por sua viabilidade tecnológica, mas por estruturas de controle acionário.
Vencidas as barreiras tecnológicas e de comportamento do usuário, os domínios de novos territórios (leia-se plataformas) - passam a ser definições de modelos de negócios e controle acionário.
A FASE 1 da convergência já foi ultrapassada: as tecnologias existentes permitem multi-plataformas para as mídias. Todos os grandes veículos impressos no Brasil já desenvolveram seu aplicativo para IPAD. Isso foi (exaustivamente) debatido em voz alta nos mercados.
Com a FASE 2, a situação é bem diferente. Na fase 2 entra o debate sobre modelo de negócios: como ganhar dinheiro e como fazer isso em cada plataforma?
A resposta a estas questões tendem a passar também por aspectos sobre o controle acionário e participação de capital nacional nas novas plataformas. Afinal sabemos que não há - rigorosamente - nenhuma barreira para uma empresa telefônica, por exemplo, a atuar em outras plataformas (i.e. TV PAGA). Sabemos também que o controle acionário dessas empresas é multinacional.
O debate silencioso agora é sobre “propriedade cruzada”.
O que é isso? É o domínio, pelo mesmo acionista (ou acionistas), sobre diferentes plataformas (Web, TV aberta, TV paga, rádio, jornal, OOH).
O governo parece adotar um modelo de concessão única. Ou seja, um mesmo acionista detém direitos em várias plataformas. Do ponto de vista de distribuição de conteúdo faz todo o sentido. Do ponto de vista de controle acionário, expulsa concorrência externa.
Como essa medida expulsa a concorrência? Resposta Simples: O Ministério das Comunicações defende a extensão aos meios de comunicação digital (portais) do limite de 30% de capital estrangeiro que hoje vigora para jornal, rádio e TV.
Este é um assunto muito importante (e muito polêmico) que é pouco debatido na mídia (por motivos óbvios).
Acredito que a academia poderia propiciar um ambiente para um debate onde o contraditório pudesse ser observado para cada modelo adotado.
Todos ganhariam com o debate: usuários, clientes, fornecedores, profissionais da mídia e a sociedade.
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez -> http://que-midia-e-essa.blogspot.com/
ramirogon@uol.com.br
Autor: Mídias e Negócios e QUE CRISE É ESSA?
Bincando com fogo
Desemprego na Espanha já está acima de 20%
No último trimestre de 2010, a taxa de desemprego espanhola atingiu o seu maior nível: 20,33%. Entre os jovens essa taxa está na casa dos 42%.O Instituto Nacional de Estatística da Espanha apontou, no final do ano de 2010, o aumento do número de desempregados. São mais 121.900 novos desempregados. O país iniciou o ano de 2011 com um total de 4.696.600 pessoas sem emprego.
O desemprego diminui em alguns setores como agricultura, construção civil e indústria. As maiores perdas deram-se no setor de serviços, em função do final do verão.
A grande preocupação concentra-se nesse instante na taxas de desempregados entre as populações mais jovens. Sem oportunidades de trabalho esses jovens podem dar início a um processo de deterioração social, pondo em risco o turismo, atividade que contribui com um percentual expressivo na formação do PIB da Espanha.
A irresponsabilidade na gestão da dívida e do déficit público tem consequências sociais de difícil reversão. De modo geral, políticos tendem a minimizar os impactos sobre a população e postergar as decisões referentes às políticas fiscais. Que nos sirva de exemplo.
Corte de gastos põe Brasil em rota sustentável
Política fiscal07/12/2010 15:32
Economista Celso Grisi diz que novo governo deveria extinguir ministérios dispensáveis para gastar menos
Eduardo Tavares, de EXAME.comFabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL
Mantega anunciou nesta terça-feira que cortes nos gastos do governo estão previstos para 2011
São Paulo - Na segunda-feira (6/12) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que um corte nos gastos de custeio do governo está previsto para o primeiro ano do governo Dilma. Na opinião do economista Celso Grisi, diretor-presidente do instituto Fractal e professor da Faculdade de Economia da USP, se for consistente, o ajuste fiscal será a "prova cabal de que o Brasil está na rota da sustentabilidade de seu crescimento econômico."
O momento é oportuno para se falar em revisão das despesas públicas. O câmbio valorizado, a alta da inflação e a conseqüente impossibilidade de baixar os juros são algumas das principais dores de cabeça da equipe econômica do governo. Para o professor Grisi, boa parte destes problemas é solucionada com uma estratégia séria de contenção de despesas.
Ele explica que se o Brasil conseguir manter um superávit nominal, ou seja, gastar menos do que arrecada, incluindo o pagamento dos juros, terá margem para reduzir a taxa básica de juros da economia. Isso porque, atualmente, uma das maiores pressões de demanda, que eleva os índices de inflação, vem dos gastos do governo.
"Um programa de redução de gastos somado às medidas de contenção do crédito abre espaço para baixar a taxa Selic", diz Grisi, referindo-se à elevação do compulsório anunciada pelo Banco Central na sexta-feira (3/12). Com uma taxa de juros menos atrativa, a entrada de dólares no país também seria menor, ajudando a amenizar a trajetória de valorização do real.
Ministérios dispensáveis
O problema é que Guido Mantega contou apenas o milagre. Sem citar alvos específicos do enxugamento nas contas públicas, ele se limitou a dizer que nenhum ministério ficará de fora. Para Celso Grisi, o governo deveria reduzir o número de ministérios, e cortar - de forma seletiva - os recursos repassados aos que permanecerão.
"O governo tem que manter as despesas com educação, saúde e gastos sociais. Em contrapartida, pode reduzir o repasse aos ministérios do Planejamento, das Minas e Energia e da Agricultura, que já tem grandes reservas. Também poderia fechar o ministério da Pesca, que não faz o menor sentido. Ele pode passar para a administração da Agricultura", diz.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
A recuperação fica mais duvidosa
Indicadores levam os agentes econômicos a “por suas barbas de molho”
Os pedidos de bens duráveis feitos à indústria norte-americana, no mês de dezembro, caíram 2,5%. As estimativas falavam em alta de 1,5%. Decepcionante para o mercado que já admite projeções mais otimistas para a economia do país. Também o número de pedidos de auxílio-desemprego, da última semana, veio abaixo do esperado. O Initial Claims aponta para um total de 454 mil novos pedidos, enquanto especialistas esperavam por 410 mil. A diferença é grande e faz supor o mercado de trabalho permanece inelásticos aos estímulos fiscais e monetários do Governo.Criou-se um clima de pessimismo entre investidores e as previsões para o número de contratos de compra e venda de casas começam a deteriorar também. Espera-se que o número aponte queda de 0,5% a 1,0%.
Desse jeito a recuperação continuará lenta e a atmosfera de otimismo da semana passada começa a se dissipar. Pena!
O momento parece escolhido a dedo
Em meio ao Forum de Davos, a Standard & Poor's rebaixa rating japones
A Standard & Poor's não precisava anunciar isso essa semana. Simplesmente derrubou a nota para a dívida soberana de longo prazo do Japão de "AA" para "AA-".Além de não mudar coisa nenhuma, dificulta o discurso capitalista na Ásia. Coloca ainda mais lenha na fogueira das discussões econômicas sobre a viabilidade das políticas fiscais conseguirem reduzir os elevados déficits fiscais do país.
A S&P acredita que o déficit fiscal cairá muito lentamente: de 9,1% do PIB, em 2010, para 8,0% do PIB, em 2013. Equilíbrio primário só em 2020, “a menos que algum programa de consolidação fiscal seja implantado antes disto".
O que mais desestrutura o pensamento do mercado é que o rebaixamento apoiou-se em avaliação do quadro institucional japonês e na sua atual liderança política. O anúncio fala em "falta de estratégia coerente do partido líder do governo para atacar os aspectos negativos da dinâmica para a dívida do país". Com isso, a oposição japonesa também foi atingida.
Em meio ao Forum de Davos, o rebaixamento, amparado em razões políticas, não foi uma contribuição à democracia - que sempre pressupõe o embate entre partidos-, nem contribuiu para o aperfeiçoamento institucional das nações.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Disputas tecnológicas
Nokia não quebrou patentes
A Nokia vinha sofrendo ação por quebra de patentes, movida pela IPCom, holding de patentes alemã. A acusação era de violação de duas patentes relacionadas a comunicações móveis e o pleito alemão era 12 bilhões de euros de indenização.De acordo com a Suprema Corte de Justiça da Inglaterra, a IPCom não apresentou elementos comprobatórios que pudessem demonstrar a quebra de patente alegada.
Encontre a sentença no site: http://www.eplawpatentblog.com/
IBM na China
IBM levará computação em nuvem para China
Anunciado acordo de cooperação entre a IBM e a chinesa Range Technology, para a construção do maior data center de toda a Ásia.A multinacional norte-americana aportará tecnologia, treinamento, soluções e serviços de projetos para data center, bem como aplicativos de negócios. Entra com conhecimento.
A idéia é colocar à disposição do usuário serviços terceirizados de continuidade de negócios e de recuperação de desastres, assim como o armazenamento de computação em nuvem e de gerenciamento de dispositivos móveis.
Para ganhar tempo e absorver rapidamente uma tecnologia nova é mais fácil comprá-la ou associar-se com quem já a detenha. A China mantém seu pragmatismo e garante o domínio tecnológico entregando parte de seu mercado, em uma joint ventures, onde, de modo geral, preserva a maioria do capital social. Rápido e eficiente.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
O novo colonialismo
Endurecer com a Coroa
Colônias sempre exportaram matérias primas e importaram manufaturados. Ouro, pedras preciosas, especiarias, fibras, grãos, madeira, açúcar, café, borracha e outras commodities. Bens que integraram os diversos ciclos da história econômica dessas nações. No colonialismo, o desrespeito aos direitos dos colonizados produziu sempre muita indignação, entre eles, o mais aviltante, dizia respeito ao que modernamente se chamou de direitos humanos. Mão de obra escrava, trazida de fora para dar conta das atividades econômicas, marcou tristemente a formação das riquezas locais.
Nos jornais do final de semana, prolongadíssimo, três notícias espantam a população desse grande país exportador de matérias primas:
1a)- Vamos importar mão de obra. E qualificada. Porque aqui não temos, nem somos capazes de formar, em prazo curto, pessoas para o nosso mercado de trabalho. Teremos que trazer mão de obra externa para dar conta das atividades econômicas brasileiras. Faltam pedreiros, ajudantes de pedreiros, auxiliares de todas as profissões, enquanto nas favelas das grandes metrópoles a massa ignara vive de bolsas. Importamos engenheiros, enquanto os nossos “viram suco”.
2ª)- Não seremos auto-falante dos direitos humanos. Continuaremos a nos aproximar de países com históricos de crueldades, dando de ombros para continuidade de procedimentos que afrontam à humanidade. Uma venda, como um filtro, selecionará o que deve ser visto. E falado.
3ª)- Vamos endurecer com os chineses.
Mas logo com a China? Nossa Coroa atual? Maior importadora de nossas matérias primas, exportadora de manufaturados, que promove, pelo artificialismo das taxas cambiais, nossa desindustrialização. Será, então, contestada? O colonialismo será reconhecido e combatido, por uma diplomacia da insurgência?
Mas logo com a China? Nossa Coroa atual? Maior importadora de nossas matérias primas, exportadora de manufaturados, que promove, pelo artificialismo das taxas cambiais, nossa desindustrialização. Será, então, contestada? O colonialismo será reconhecido e combatido, por uma diplomacia da insurgência?
Difícil crer que nosso comércio exterior seja guiado por estratégias insurgentes. Justo ele que deveria estar a serviço de nosso desenvolvimento.
Haverá quem, lembrando de passado recente, das práticas de politização seletiva, resolva definir direitos humanos como pressuposto essencial de nosso convívio nacional e internacional? Ou para isso haverá vendas ou filtros?
Haverá alguém capaz de propor uma política de substituição das importações de seres humanos? Alguém que ouse privilegiar a política industrial e coloque os fundamentos econômicos a serviços do desenvolvimento, e não só do crescimento, econômico?
Haverá disposição para pensar o país no seu prazo mais longo e planejá-lo, trocando índices de popularidade por índices de desenvolvimento humano?
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Uma edição em Potugal
"Mídia e Negocios" editado em Potugal
A edição portuguesa do livro "Mídia e Negócios" de autoria do professor Ramiro Gonçalez, em coaturia com o Professor Paulo Faustino, já está pronta e deve ser lançada ainda esse mês em Portugal. Recebi o convite para prefaciar essa edição.Veja um trecho desse prefácio:
"As mudanças nesse mundo das comunicações têm sido muito profundas e rápidas e, a tal ponto chegaram, que desconfio que não haja, mesmo entre especialistas, pessoa que pense compreendê-las suficientemente.
A profusão das mídias, a velocidade de propagação das mensagens, a perda do controle sobre suas emissões, a abrupta redução de seus custos, a multiplicação dos formadores de opiniões, a espontaneidade das intervenções, a interatividade, as deformações dos conteúdos originais, a recusa ao pagamento pela informação, o abandono ao conteúdo impresso, a terceirização da produção do conteúdo, a quase inviabilização financeira do jornalismo investigativo, o trânsito de imagens, o arquivamento para o eterno, a facilidade de busca e de recuperação, a exacerbação crítica em relação aos canais formais, a maior exigência pela qualificação das fontes, a necessidade de linguagem mais sintética, objetiva e direta, a despreocupação com a correção gramatical, a disposição de contribuir gratuitamente, o desejo de protagonizar a notícia ou de só produzi-la, a sobreposição simultânea dos papéis de sujeito e objeto das mensagens, enfim, um suceder de inovações a espera de nosso entendimento."
Cliente quer segurança, liquidez e conhecimento
Paulo FortunaPara o Valor, de São Paulo
Celso Grisi: relação com gestores ficou mais crítica após a crise global
Atender às expectativas de quem tem pelo menos R$ 1 milhão disponível para investir nem sempre é uma tarefa simples e, após a crise financeira global deflagrada em 2008, tornou-se ainda mais complicada. "Muitos clientes que tiveram perdas durante a crise ficaram mal impressionados com os gestores de suas contas de private banking. Eles avaliam que os bancos foram muito imprudentes ou gananciosos e passaram a ser mais cautelosos com seus investimentos", afirma o economista Celso Grisi, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e diretor presidente do Instituto de Pesquisas Fractal.
Balanço de Governo 2003-210
Mesmo que haja viés, vale a pena ler
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República publicou em seu site, sob o título “Balanço de Governo 2003-210”, em seis livros, Apresentação e Síntese, trabalho que historia, nem sempre de forma desapaixonada, os oito anos do governo Lula da Silva.Recomendo fortemente. Os dados utilizados são oficiais e há muito o que aprender e discutir aí dentro.
Procure em: http://www.secom.gov.br/sobre-a-secom/publicacoes/balanco-de-governo-2003-2010
domingo, 23 de janeiro de 2011
A HP aprendeu e quer mudar
Aprendizagem implica mudança de valores
A HP vai reestruturar todo o Conselho de Administração. Afirma que está em busca de novos talentos. Já trouxe para o Conselho cinco novos membros e deve dispensar os serviços de quatro outros.Sem incorrer em julgamentos precipitados, a reforma começa na cabeça das organizações. Novos valores mostravam-se necessários. Comportamentos pessoais de lideranças importantes atingiram a empresa e sua imagem.
Em adição, algumas condutas empresariais levaram a organização a indispor-se com concorrentes, fornecedores e outros stakeholders.
Era hora de mudança e a organização não vacilou. Coisas das instituições maduras, que sabem reagir e superar crises e produzir suas próprias direções.
Europa e seus desafios
Europa busca soluções em duas direções
Celso Grisi*
Existem hoje dois pensamentos dominantes entre as elites europeias direcionando os debates sobre a recuperação econômica da região.Um voltado para as medidas de contenção de gastos e de redução das dívidas dos governos nacionais. A proposta é corrigir os desvios fiscais em que as finanças públicas se perderam. O lado negativo dessa proposta está no seu custo social e político e na estagnação econômica em que ela implica. O período FHC deixou lembranças amargas dos efeitos de medidas dessa natureza, sobretudo, pelas crises internacionais que se sucederam naqueles tempos, e que hoje se reproduzem, castigando a demanda mundial.
Outro pensamento envolve a capacidade de articulação política das economias dos principais atores europeus. A ideia central é que os países possam corrigir suas contas correntes, conduzindo, por essa via, o crescimento da demanda interna. Não dispensa o esforço fiscal, mas minimiza seus efeitos cruéis sobre as populações nacionais. Em outras palavras, as exportações abririam o primeiro caminho para a recuperação, fornecendo novos empregos, reduzindo a ociosidade e os custos dela decorrente, bem como teriam amplos reflexos positivos na renda e no consumo interno.
A Alemanha, nessa proposta, é o exemplo mais citado. Procura manter a qualquer custo sua competitividade e reduzir ao máximo seu déficit orçamentário, com o objetivo de produzir excedentes comerciais expressivos. Deseja muito que esses excedentes venham a se generalizar entre outros estados da Zona do Euro para evitar uma deterioração de suas economias, que ameaça conduzir toda a região à recessão. Aliás, ninguém ousaria discordar, mas como implementar essa estratégia, se todos precisariam exportar mais e importar menos?
Enquanto isso não ocorrer, a Europa terá que fazer esforços de ampliação de sua competitividade. Não pode esquecer, todavia, existem grandes desequilíbrios entre países, no que respeita à competitividade. De um lado, a Alemanha, sempre muito produtiva, libera um forte excedente para exportação, enquanto seus parceiros europeus, como a Espanha, a Grécia e Portugal, apresentam uma competitividade muito inferior. A competitividade explica também parte do problema grego. Não se trata apenas de um problema de despesas públicas excessivas. Seu déficit externo é grande em função de sua baixa competitividade, em termos internacionais, o que acaba impactando suas contas internas. Certamente a prioridade é o ajuste dos orçamentos nacionais, mas não se pode deixar à margem as questões de ajustamentos dos desequilíbrios correntes na zona do euro.
A Alemanha é emblemática. Não mede esforços para reequilibrar suas contas correntes e, simultaneamente, de ampliar sua demanda interna. Reconhece com inusitada clareza a necessidade de reduzir seus excedentes comerciais, criando espaços pela via das importações, para ativar as demandas das economias da Espanha e da Grécia e, assim, favorecer a redução de seus déficits. Isso seria um belo exemplo para os franceses vizinhos dos desastres econômicos peninsulares.
Além dos franceses, o norte europeu poderia contemplar esse pensamento, entretanto os países que gozam de excedentes não se seduzem pela ideia de vê-los diminuídos. Falta um acordo capaz de imprimir uma coordenação política forte o suficiente para produzir o equilíbrio dessa situação, na zona do euro. Evoca-se a ideia da vigilância da competitividade dos países, e se entende que para isso o problema orçamentário é central.
A questão europeia parece mesmo estar ligada à maior capacidade de coordenação central de todas as nações que compõem a Zona do Euro. Trata-se de um fortalecimento das instituições europeias e de uma maior coordenação de suas políticas monetárias e fiscais. O Fundo de Estabilização Europeu é apenas um primeiro passo. E não é pequeno. Esse mecanismo disponibiliza recursos para garantir qualquer caso de quebra na região. Mas isso implica na criação das condições para realização dos ajustes necessários que cada país necessita a fazer.
*Celso Cláudio de Hildebrand e Grisi é professor da USP e diretor-presidente do Instituto de Pesquisas Fractal.
sábado, 22 de janeiro de 2011
Programe-se: só para quem gosta
Evento top de Pesquisa de marketing
AMA MARKETING RESEARCH CONFERENCE
The American Marketing Association fará sua Conference anual sobre pesquisa de marketing, dos dias 11 a 14 de dezembro, no Hilton Bonnet Creek Resort in Orlando, Flórida.Veja os detalhes em: http://www.marketingpower.com
Conheça Também a American Marketing Association: http://www.marketingpower.com/AboutAMA/Pages/default.aspx
Nos Estados Unidos, o campo comemora os preços
Zona rural parece recuperada
Conquanto a economia norte-americana, como um todo, padece de anemia profunda, a agricultura e a pecuária comemoram suas produções e os preços de seus produtos.A renda no campo sobe e o risco com as dívidas caem a patamares que tranquilizam banqueiros e fornecedores. A China cresce forte e garante grandes pedidos altos preços para a maioria da produção do país
O Departamento de Agricultura entende essa safra como a quarta melhor safra da história americana. Para o Brasil, a maior vantagem reside no fato de que quanto maior os preços das commodities menores são os subsídios agrícolas aos produtores dos EUA. Eles passam a ter que conviver com custos reais.
Por outro lado, as indústrias de máquinas agrícolas e seus implementos, bem como os fornecedores de insumos agrícolas começam a sentir os benefícios do crescimento das encomendas.
É pouco provável que alguém consiga prever os efeitos desse crescimento sobre o total da economia norte-americana, mas certamente e razoável esperar por uma nova vertente para a aceleração da demanda interna. Vamos aguardar.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Leão é em Cannes
Que tal assistir a esse grande
evento de marketing?
Famoso e muito criticado. Precisa ser conhecido por quem gosta de marketing e de suas inovações.A propaganda nacional, sempre muito premiada, estará mais uma vez presente. Online e offline vão fingir estar em paz. O discurso é pela comunicação integrada e pela mensagem única aos públicos relevantes.
Mas, os espaços conferidos às especialidades e suas repercussões são muito diferentes. Por que?
Remunerações podem estar sustentando discussões acaloradas. Vale a pena conhecer de perto: http://www.canneslions.com/
Contas públicas brasileiras agora sob lupa dos estrangeiros
Investidores identificam a questão
fiscal como um divisor de águas
Nesses primeiro20 dias pela Europa, entre Portugal, Espanha, França, Suíça e Inglaterra, ouvi os comentários de investidores e bancos. São uníssonos: gastos públicos.fiscal como um divisor de águas
De certa forma, a preocupação reproduz muito dos seus próprios desmandos e da perda da dimensão moral em que estiveram envolvidos, ora como agentes, ora como pacientes.
Problemas morais europeus não importam muito para fins dos influxos monetários brasileiros. Há um entusiasmo generalizado com o crescimento brasileiro. Esse otimismo se rivaliza com o temor da ampliação dos gastos públicos, que poria em risco a estabilidade monetária. A dicotomia atual entre a política monetária e fiscal é a grande vilã. Já não se aceita que apenas os juros venham a crescer. Espera-se pela redução das despesas, entendidas como muito altas, sobretudo em relação ao funcionalismo federal.
Esse é o clima. Todos estão marcados pelo bom crescimento interno, pelo aumento da massa salarial, da renda e do consumo das famílias, pelas oportunidades aproveitadas na Ásia e nos mercados emergentes, de maneira geral e, finalmente, pelos preços internacionais das commodities exportadas pelo Brasil.
Ao mesmo tempo, as preocupações centram-se nos gastos públicos e nos investimentos que vêem aumentando mais rapidamente que a receita federal, comprometendo o superávit primário, bem abaixo dos 3,3 do produto bruto, fixado para 2010. O próprio potencial de crescimento do crédito, outro fator de grande atratividade no Brasil, só poderá tornar-se realidade se a política fiscal tornar-se verdadeiramente austera. Sem esse requisito, a estabilidade monetária poderia estar em risco, ainda mais se consideradas a liquidez que os grandes eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas trarão ao Brasil.
Há também o reconhecimento de que as taxas de juros precisariam cair para incentivar a recuperação do investimento nacional privado e, por fim, a necessidade de um ajuste cambial capaz e restituir a competitividade ao parque produtor nacional.
Como se vê, a Europa já entendeu, em profundidade, as principais questões econômicas nacionais e manda seu recado aos administradores de nossa economia. Mais do que nada, será preciso reconciliar o Ministério da Fazenda e o Banco Central, definindo rumos mais claros para a lição de casa que falta fazer.
Massa salarial em crescimento
Construção civil puxa massa salarial para cima
A massa salarial de 2010 cresceu com inusitado vigor, impulsionada sobretudo pelo setor da construção civil. Algumas atividades do setor de serviços também puxaram essa alta: intermediação financeira, atividades imobiliárias, alojamento, alimentação e transportes.As explicações para isso são óbvias. O boom do mercado imobiliário e os investimentos em infraestrutura ampliaram a oferta de novos empregos e colocaram pressão sobre os preços das remunerações do setor. A alta aí foi de 18,2%, descontada a inflação do ano, e bem superior à média de 7,3% da economia nacional.
Veja no gráfico abaixo o desempenho de alguns dos setores de nossa economia:
A indústria teve um avanço de 4,3. Muito tímido, quando comparado à média nacional. As taxas cambiais brasileira, durante 2010, sejam, talvez, a variável mais relevante para explicar o fraco desempenho do setor.
Para o ano em curso, será prudente esperar por resultados inferiores. Algo em torno de 4,5% já estaria razoável, considerado o encaminhamento dado à economia nacional: juros em alta, câmbio ainda valorizado, redução nos gastos governamentais, retardamento de investimentos e o fim dos estímulos anticíclicos. Ainda assim, 4,5% seria um bom resultado, do ponto de vista social.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
O espantoso crescimento chinês
Na China, a economia cresceu 10,3%, em 2010
A China anunciou que seu PIB cresceu 10,3%, em 2010.Duas preocupações são centrais na questão chinesa. A primeira, é tornar esse crescimento sustentável nos próximos períodos, evitando a alta interna dos preços. Em seguida, será necessário ampliar significativamente sua competitividade interna, para permitir uma política cambial compatível com o se chama de “comércio justo” em relação a seus principais parceiros comerciais.
Há de se considerar que a crise financeira mundial comprometeu o crescimento dos países ocidentais e que a recuperação que se inicia pode reverter essa situação. Rússia e Índia desenham projetos voltados mais ao mundo europeu e aumentam suas dependências comerciais em relação ao mercado norte-americano.
Tudo a conferir, nos próximos anos.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Para você que gosta de marketing e propaganda
O Mundo da Comunicação também
estará em Davos
O 2º Fórum Mundial “Communication on Top” está agendado para o dia 17 de Fevereiro, em Davos, na Suíça, e o programa prevê vinte e cinco palestrantes, oriundos de vinte países, de três diferentes continentes.Já estão confirmadas a presença de grandes nomes de anunciantes, da criação publicitária e da gestão das grandes agências mundiais envolvidas com a comunicação financeira, política, corporativa e marketing.
Entre os convidados, personalidades e grandes gestores de empresas como PepsiCo, GALLUP, Swiss Air Lines International, ENEL, EDELMAN, Credit Suisse, SPN Ogilvy, DELL, Brainstore, além de líderes de projetos, em escala mundial, e consultores dessa área de marketing.
No Fórum 2011, os participantes terão oportunidade de discutir os novos desafios do profissional de comunicação com o advento das mídias sociais; gestão de reputação off&online; os impactos RP e seu envolvimento com a sociedade; construção das estratégias de mensagens na comunicação intergrada; o 'web-2.0 effect' na política e nos negócios; mídia social como ferramenta de marketing para a construção de branding e outros temas atuais e relevantes às decisões na comunicação.
Estão confirmadas confirmadas as presenças nas discussões e nos debates de Paul Holmes (The Holms Report) & Garrett Johnston (Brainstore).
O Fórum será dividido em quatro grandes temas: Mídias Sociais, Comunicação Política, Financeira e Comunicação de Crise.
Kerry Bridge (DELL) irá compartilhar sua experiência em integração de mídias sociais em campanhas de RP. Bonin Bough (PepsiCo) apresentará um estudo de caso sobre a mesma área. Nic Labuschagne (Governo do Dubai) apresentará insights sobre uso de comunicação estratégica como ferramenta contra-terrorismo.
Todo o programa bem como as premiações podem ser conhecidas no site: http://forumdavos.com/awards
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Inflação e suas inconsistências
IGP-10 foi de 0,49%, em janeiro. Apontou para desaceleração. IPC-S sobe, indicando para aceleração de 1,06%, na segunda
prévia de janeiro.
Durma-se com um barulho desse.O IGP-10 (Índice Geral de Preços) registrou taxa de inflação de 0,49% em janeiro. O resultado é 0,78 ponto percentual menor que o do mês de dezembro. Os dados foram divulgados no início dessa semana. A queda foi atribuída a dois elementos:
1) à redução do Índice de Preços ao Produtor Amplo- IPA-, com inflação de 0,35%, diante do anterior de 1,46%.
2) Ao menor crescimento do Índice de Preços ao Consumidor-IPC-, que apresentou taxa de 0,90%, em relação aos 1,05% de dezembro.
Já o Índice de Preços ao Consumidor Semanal –IPC - S-, mostra o crescimento do ritmo inflacionário, com taxa de 1,06%, na segunda prévia de janeiro. Isso significa um acréscimo de 0,14 ponto percentual em relação aos dados da semana anterior.
Os responsáveis foram o grupo Educação, Leitura e Recreação, com seu comportamento sazonal de início de semestre, e o grupo de alimentação cuja demanda continua bastante elevada e a oferta sendo disputada pelo mercado internacional.
Para quem gosta, veja os comportamentos desses grupos na tabela abaixo:
Para complicar o relatório Focus dessa semana reflete expectativas de inflacionárias mais altas, com aumento de 0,50 ponto percentual na Selic, ainda esse mês.
Os entrevistados imaginam um crescimento da pressão inflacionária e um aumento do juro básico na reunião do Copom. O Comitê poderia elevar amanhã a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, encerrando o mês em 11,25% ao ano.
Diferenças metodológicas à parte, fica difícil para o homem comum entender essas discrepâncias entre índices e entre os índices e expectativas empresariais.
Tentando traduzir: a inflação voltou via alguns grupos e, sobretudo, nas grandes metrópoles brasileiras.
A primeira medida é mais geral e refere-se a todo o país, com maior abrangência geográfica e contemplando regiões de demandas menos ativas. Pequenas diferenças nos períodos aferidos também explicam as diferenças nos resultados. São os efeitos dos pesos definidos e dos períodos escolhidos que explicam as diferenças. E elas nos confundem.
Dragões em luta
Crescimento econômico versus
inflação em alta
O problema não é só brasileiro. O dragão chinês está com sua economia superaquecida e não consegue dominar o dragão da inflação. Juros subiram. Não o suficiente. Depósitos compulsórios aumentaram. Não o suficiente. As correções cambiais foram feitas. Não o suficiente. A inflação viceja e rapidamente infiltra-se no sistema de preços do país. O Banco Popular da China, versão adaptada pelo comunismo de Banco Central ocidental, não titubeou. Aumentou em 0,5 ponto percentual a exigência de reservas de capital dos bancos, com operação no território chinês. Mais uma vez, será insuficiente. A maior bolha formada está no setor imobiliário. Alimentos e energia “puxam” a inflação.inflação em alta
Muito curioso observar a similaridade com a economia nacional. Um homólogo do lado de cá do mundo?Certamente não. No Brasil, os juros são altíssimos e a moeda é exacerbadamente apreciada. Situação que reduz a eficácia dos instrumentos monetários. Ainda não aprendemos a poupar e investimos muito pouco. Submetemos nosso crescimento à dependência dos capitais internacionais.
Sobram-nos agora apenas os instrumentos fiscais. Cortes no custeio, com moderação nas decisões de investimentos. O momento pede ajustes das contas públicas em substituição aos discursos de austeridade.
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal - conhecido por IPC-S-, recidivou. O aumento do ritmo inflacionário voltou, com a taxa de 1,06% na segunda prévia de janeiro, 0,14 ponto percentual a mais que a variação medida na semana anterior.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Desse jeito, o Movimento dos Sem Terras pode sofrer reduções
Com o crescimento da renda, classe média já é maioria na zona rural
As transformações na renda são notáveis nesses últimos anos. A política de rendas esteve substanciada em aumentos de salários mínimos generosos, reajustes mais fortes, dada a maior demanda de mão de obra, políticas assistenciais e sociais mais ativas (sem discutir sua natureza e qualidade). Tudo isso andou irrigado pela política do crédito forte. Seja como for, chegamos a uma situação nova, e que não pode fugir aos olhos dos agentes econômicos.
De 2003 a 2099 (veja que o dado não inclui 2010) 3,7 milhões de pessoas, residentes em áreas rurais, passaram a integrar a chamada classe média. O estudo encomendado pelo Ministério do Desenvolvimento agrário mostra que a classe média, no campo, passou de 20,6% em 2003, para 35,4 % em 2009, transformando-se na classe predominante no ambiente rural. Essa evolução é mais impressionante, quando se admite que sob a categoria classe média, se arrolam famílias, cujas rendas mensais, estejam no intervalo entre R$ 1.126,00 a R$ 4.854,00.
Esse segmento, em 2009, já contava com 9,1 milhões de pessoas, em um total de 25,7 milhões de habitantes em zonas rurais. O que ainda impressiona é que a proporção de pobres (pessoas com renda inferiores a R$ 145 reais/mês) é de apenas 39,5%, contra os 46% de zonas urbanas.No Brasil, vivem no campo 15% de toda a população. A redução da pobreza dessa população foi expressiva. O índice recuou de 51,5% para 31,9%, indicando que a mobilidade social foi mais dinâmica no meio rural do que nas cidades.
As regiões urbanas. As classes C e D diminuíram juntas 20,4%. A escolarização cresceu 29,4%, enquanto no total do país o aumento foi de 15,2%.
A vida no campo melhorou mais rapidamente que nas cidades, embora a política de renda tenha sido mais voltada às cidades, hoje até com direito a ministério próprio. Curioso é que em nenhum momento se faz menção a outras causas como os ganhos de produtividade no campo, o maior nível tecnológico embutido nessas operações, o maior investimento dos empresários do setor, à ampliação da área plantada.
Tampouco se fala que tudo isso se deu em condições de abandono de nossas rodovias, ferrovias e de nossos portos. Também parecem esquecidos os períodos de queda nos preços dos produtos agrícolas no cenário internacional e os contratempos climáticos vividos nesse período.
A disposição de investir permanece alta na indústria
Sondagem da FGV mostra que 55% das empresas industriais vão investir
em 2011, mais que em 2010
A pesquisa envolveu 829 empresas, cujos faturamentos somados, ascendem a casa dos R$ 452 bilhões de reais, e procurou cobrir os principais setores industriais do país.em 2011, mais que em 2010
Os resultados referem-se a investimentos a serem feitos em máquinas, equipamentos, instalações, construções civis e outras áreas da produção. Dessas empresas, 55% investirão mais que no ano de 2010, enquanto apenas 15% planejam reduzir o valor dos investimentos em relação ao ano anterior. Por outro lado, o percentual de empresas que espera crescimento de seu faturamento aumentou de 69% em 2010, para 72% em 2011. As previsões mais otimistas em relação ao crescimento dos faturamentos previstos ficaram com os setores de consumo de bens duráveis e de materiais de construção, respectivamente 84 % e 81%.
As previsões ficam em linha com o entendimento generalizado de que a economia crescerá de forma endógena, sem desempenhos mais expressivos de produtos semimanufaturados e manufaturados em direção ao exterior. A competitividade desses produtos ainda estarão sujeita aos efeitos perversos de nossa defasagem cambial.
Frustração da safra europeia
Redução da área plantada e queda da produtividade respondem
pela quebra da safra
As últimas estimativas dão conta de uma redução de 8% no volume da produção agrícola européia. A safra dos 31 países europeus será de 289,2 milhões de toneladas, equivalentes a 6,5% a menos que a do ano anterior.pela quebra da safra
A produtividade da área plantada sofreu redução de 3%, atribuída fatores climáticos, enquanto a área, propriamente dita, de 54 milhões de hectares, também caiu em 4% em relção à safra anterior.
As maiores reduções deram-se nos países onde as produções agrícolas costumeiramente são mais fortes: Alemanha, França, Finlândia, Dinamarca, Espanha e Itália. Essas perdas podem produzir impactos nos preços das commodities agrícolas nos mercados internacionais.
Para o trigo, as perda foram menor e não devem impactar substancialmente os níveis de preço.Talvez o maior impacto tenha sido nos preços do milho. Aliás, os preços no Brasil, começaram a subir logo no início do 2º semestre de 2010, quando ainda se decidia sobre as culturas a serem plantadas. Para o milho, prevê-se uma temporada de preços compensadores. O mesmo otimismo alcançou os cafeicultores.
domingo, 16 de janeiro de 2011
Um fôlego para 2011
Petróleo: anos de preços altos
O consumo mundial de energia continuará a crescer em 2011. As previsões falam em um crescimento da demanda mundial de energia de 2,9%, ritmo um pouco mais lento que do ano anterior, em função da crise econômica, sobretudo nos países desenvolvidos. Essa alta será decorrente do crescimento da demanda de carbono e de gás natural. O consumo de energia eólica e solar crescerá 16%, embora na matriz energética do mundo represente menos de 1%.
O consumo de petróleo aumentará discretamente. As estimativas são de um aumento de 1,7%, correspondente ao aumento da produção total do mundo. Isso significaria uma queda dos preços médios de 2010 em relação a 2011. Cairia de US$ 78,00 para US$ 76,00 o barril, tipo Brent, do Mar do Norte, que é a referência de preço para a Europa.
Mas, ainda segundo as previsões, a festa durará pouco para os europeus. Para 2012, os preços para o Brent devem ultrapassar os US$ 82,00/ barril. Em todo caso, a previsão trás otimismo aos países endividados da Zona do Euro que poderão poupar suas reservas das pressões altistas do cartel do petróleo.Bancos móveis
A mobilidade não é apenas um fenômeno de TI
Para atender as populações rurais os agrupamentos urbanos menores e mais distantes, os bancos devem ampliar seus investimentos também em veículos e instalações especiais.O Bradesco e a Caixa Econômica Federal, pioneiramente, disponibilizaram agências móveis em embarcações, para o atendimento de uma população de mais 400.000 pessoas na região Amazônica.
O objetivo dessas instituições é o de permitir a bancarização de um extenso conjunto de pessoas que se acha privado dos serviços bancários e do acesso aos créditos mais privilegiados, voltados à expansão dessas economias, através do apoio aos negócios locais.
O Banco do Brasil, por sua vez, já mantinha unidades móveis, em veículos terrestres, e pequenas unidades fixas para atendimento a populações distantes dos grandes centros.
As previsões para o consumo mundial
O consumo cresce rápido em poucas
regiões do mundo
Nos países industrializados a confiança do consumidor melhorará lentamente. Nos Estados Unidos, as vendas de varejo devem aumentar 2,4% em 2011, enquanto no Japão, o crescimento não deverá ultrapassar os 1,1%. Na Europa Ocidental, a previsão é de um crescimento na casa do 1,8%. A contenção dos gastos públicos e a redução da renda explicam o baixo desempenho europeu.Em sentido contrário, os gastos com bens de consumo na China devem crescer à impressionante taxa de 22%, nesse ano. O aumento da renda e do emprego deve garantir à China o maior crescimento mundial no setor de varejo. Os grandes distribuidores mundiais estarão fazendo grandes investimentos nesse mercado. Já é o caso do Carrefour e, será a primeira vez que o Wall-Mart investirá nessa parte do mundo, sucumbindo às tentações chinesas de enriquecimento mais rápido.
Em relação à Rússia e à Índia, embora sejam mercados de crescimentos também muito rápidos, as restrições institucionais ainda desestimulam investimentos mais fortes. Problemas jurídicos e culturais afastam boa parte dos maiores distribuidores mundiais.
As vendas online devem crescer entre 10 % e 11 % nos Estados Unidos e na Europa, segundo as previsões da Forrrester.
Portanto, a recuperação nos países desenvolvidos continuará em ritmo lento, enquanto nos países emergentes a velocidade deve aumentar. O final do ano de 2011 deve encontrar uma Europa relativamente refeita de suas maiores dívidas e os Estados Unidos, maior importador mundial, iniciando sua tentativa de voltar à liderança dos negócios mundiais.
sábado, 15 de janeiro de 2011
Mais empregos qualificados.
O maior contrato de compra da
história da aviação comercial,
de todos os tempos
A companhia Indiana IndiGo assinou contrato para a compra de 180 aeronaves da Airbus do modelo A320. O mercado para transporte de passageiros cresceu na Índia 9,2% no último ano. Os mercados emergentes têm crescido a taxas elevadas, mas o crescimento da Índia é o mais rápido de todo o mundo, nesse momento.
A Aviação europeia estima que, a partir de agora até 2029, as companhias da região da Asia-Pacífica, ou seja da China e da Índia, transportarão 33 % dos passageiros de todo mundo, tornando-se a região a mais importante do mundo, em termos de volume de passageiros. Europa e Estados Unidos transportarão, cada um, 23 % do total de passageiros mundiais.
Para responder a essa demanda as companhias do tipo low cost, como IndiGo, necessitarão, para atender suas prioridade de transporte de passageiros, novos equipamentos dimensionados para uma capacidade entre 100 e 200 lugares. São equipamentos do tipo Boeing737 e Airbus A320.
Embraer e Bombardier já contam com equipamentos para um segmento desse mercado, e devem apresentar-se aí de forma bastante competitiva. Entretanto, terão que fazer grandes esforços nas áreas de engenharia experimental e de desenvolvimento de produtos, uma vez que as empresas aéreas estão exigindo que os reatores sejam menos poluentes, mais econômicos e mais silenciosos. Portanto, além do preço, as empresas terão que inovar fortemente em reatores e em aviônica, de uma forma geral.
Mais empregos qualificados e com bons salários para o Brasil.
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