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sábado, 8 de janeiro de 2011

SEC aponta a espingarada no Facebook

Securities and Exchange Commission ataca até empresas de capital fechado
Por enquanto parece ser apenas boato. Mas como “onde há fumaça, há fogo” já se fala que o órgão regulador do mercado de capitais norte-americano estaria investigando as captações do Goldman Sachs entre seus clientes para que investissem no Facebook. A investigação visaria apurar se as captações da rede social estão de acordo com a lei americana que regulamenta as companhias privadas.
A lei impõe às empresas que tenham mais de 500 acionistas, mesmo que suas ações não sejam negociadas em bolsas de valores, o dever de informar à SEC determinadas operações financeiras, como o recebimento de recursos que possam alterar seu valor de mercado.
Circula no mercado financeiro que o Facebook havia recebido investimento US$ 500 milhões do Goldman Sachs e que, a partir daí, iniciou a prospecção de outros investidores. Isso teria aumentado o valor de mercado da rede social para US$ 50 bilhões.
A SEC entende essa manobra como forma de criar um canal indireto de investimentos, utilizando os clientes do banco, para burlar a regra dos 500 acionistas. Com isso, a rede social estaria caracterizada como uma empresa privada, operando exclusivamente apenas nos mercados secundários, sem a necessidade de informar as operações financeiras.
A regra dos 500 acionistas tem parecido inadequada para, pelo menos alguns setores da economia. No frigir do ovos, a regra acabou tornando a oferta pública inicial de ações um procedimento único e obrigatório para a continuidade dos negócios das organizações, uma vez que para financiar seus crescimentos, acabam tendo que pulverizar seus capitais.

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