A Zona Euro cresceu menos do que o previsto, no terceiro trimestre de 2010.
O PIB da Zona Euro cresceu 0,3%, no 3º trimestre do ano, em relação ao trimestre anterior. O esperado pela Eurostat era 0,4%. A diferença não é tão grande, mas frustra as expectativas dos agentes econômicos.A economia da região ficou muito dependente das exportações, uma vez que a crise de dívida soberana levou países como Irlanda, Portugal, Espanha, Grécia e Itália a adotar medidas de austeridade, comprometendo o consumo e o nível de emprego.
A Alemanha continua sendo o carro chefe do crescimento da Zona Euro, tendo, no terceiro trimestre, crescido 0,7%, em relação ao trimestre anterior.
Como exportar em um mundo tão recessivo, com preços internacionais tão deteriorados e em plena guerra cambial? Talvez a opção pelo aumento dos investimentos seja ainda o melhor caminho. Entretanto, os investimentos teriam que absorver intensivamente a mão de obra disponível que, de modo geral, tem menor qualificação. Isso aumentaria a renda e o consumo. Estaria fechado um ciclo virtuoso da economia. Parece fácil, não?
Mas não é tão simples. Investimentos governamentais, em períodos de desajustes de contas públicas, parecem utópicos. Absorver tanta mão de obra equivale a optar por menor intensidade tecnológica e, portanto, implica em redução de competitividade. O setor privado deveria investir também. Mas, sua tendência é contrária à do setor público. O capital privado quer reduções de custos e aumentos de produtividade. Estaria pouco estimulado a absorver essa mão de obra ou adotar essa tecnologia.
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