O Brasil não
terá alternativas
fora da reforma fiscal
Nesse instante, o cenário econômico global é benigno, particularmente para o Brasil.
Entretanto, o quadro interno precisa apresentar avanços mais convincentes.
Ainda
que as reformas pretendidas para a legislação trabalhista e para a previdência social venham a sofrer mutilações impostas pelo legislativo, não resta dúvida de
que o país avançará. Isso apenas será definitivamente convincente, se o quadro
eleitoral de 2018 apontar como provável vencedor um candidato liberal e reformista. Aí sim, os investidores internacionais afastarão seus receios em relação ao país.
Já se imagina
que as atuais mudanças não garantirão a saúde fiscal da União. Eleito, o novo presidente, deverá aperfeiçoar os atuais avanços na previdência e na regulamentação do trabalho. Haverá ainda muito a
caminhar nesse sentido, reconhecendo, a necessidade de outras reformas no
bojo do Estado brasileiro. Reformas como a do funcionalismo, a administrativa, do
judiciário, reformas tributária e patrimonial devem integrar a agenda do próximo governo. O candidato eleito deve estar comprometido com
o controle dos gastos, da redução dos juros e, sem dúvida, do retorno ao
crescimento econômico mais vigoroso. A recuperação
do grau de investimento virá como consequência natural desses avanços.
É possível hoje afirmar que os
mercados de juros, câmbio e bolsa já apreçaram, pelo menos parcialmente, a
perspectiva das reformas atuais, a estabilidade da dívida pública, o controle
do risco externo e ancoragem do câmbio e da inflação. Remanescem como incertezas a serem afastadas, a aceleração do crescimento econômico, a ampliação da oferta de crédito ao empresário privado e o
controle dos riscos políticos.
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