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terça-feira, 16 de maio de 2017

Não faltará grãos para o mundo

Departamento de Agricultura foi surpreendido pelo avanço no plantio da soja e do milho
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, conhecido pela sigla USDA, apresentou nesta segunda-feira (15/5), o boletim semanal de acompanhamento de safras e atualização do plantio, apontando melhora do clima no Corn Belt – o cinturão do milho.
O próprio USDA não acreditava que os agricultores norte-americanos fossem capazes de compensar o tempo perdido no plantio, pelo regime de chuvas abundantes que atingiu a região no início da semeadura. Pode-se imaginar que esses agricultores tenham usado o período noturno para fazer o plantio. Isso é muito comum no Brasil, sobretudo nas épocas das colheitas.
O mesmo fenômeno valeu também para o plantio de soja. Tudo faz antever uma produção muito alta nesse país. Claro que em agricultura, as “previsões” nunca falham depois que tudo foi colhido. Antes disso, a safra de grãos terá que florescer, granar e passar por um período de pouca chuva na colheita.
Mas é inegável que o ano agrícola começou bem nos Estados Unidos e as previsões meteorológicas apontam para situação muito favorável, devendo pressionar ainda mais os preços dos cereais.
Para o Brasil fica a esperança de que nossa política cambial consiga colocar a moeda nacional no seu verdadeiro valor, sem leva-la a apreciações que possam subtrair a competitividade do agricultor brasileiro. Contribuiria muito para isso, as reformas trabalhista e previdenciária que, se aprovadas, tendem a deixar nosso câmbio mais estável.
A competitividade também poderia ser dada pela melhoria da logística de escoamento da safra e pela política de financiamento agrícola mais ágil.

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