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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Para pensar uma alternativa

Uma proposta de curto prazo
para  o câmbio no Brasil
As commodities vieram abaixo. As agrícolas - soja, milho, cacau, feijão, trigo, algodão, café, carnes de frango, de boi e suínas – caem fortemente já há algum tempo. As minerais -minério de ferro, alumínio, petróleo, ouro, níquel, prata, cobre -, despencaram no dia de hoje, produzindo forte queda da bolsa de São Paulo. As financeiras - moedas, títulos públicos de governos federais e ambientais – oscilam ao sabor das notícias sobre os quadros políticos nacionais.
Não precisa dizer que essa situação semeia forte intranquilidade entre os exportadores, com um dólar baixo e indefinido.
No plano teórico a discussão ainda é bi polarizada. Na visão do mais liberais, a política cambial deveria ser livre e assentada na extinção de todos os controles, com conversibilidade plena da moeda, consolidando a estabilização macroeconômica. Isso, no entanto, pressupõe, no mínimo, um tripé formado por expressivo superávit fiscal primário, baixo endividamento público e taxas de juros fixadas pela meta inflacionária e pelo câmbio flutuante. Não é o que acontece por aqui no momento.
De outro lado, uma visão intervencionista sustenta que os controles permitem independência diante do mercado financeiro de curto prazo. Com isso, reduz a volatilidade do câmbio, limita a valorização em fases de liquidez, reduz pressões de desvalorização em momentos de crise, melhoram as condições de financiamento da dívida pública, evitando a perda de competitividade associada à valorização cambial. Finalmente, reduzem a exposição de bancos e de empresas aos riscos do endividamento externo de curto prazo.
Como a vertente mais clara de crescimento econômico e do aumento de emprego repousa hoje nas exportações, que tal pensar em um real mais desvalorizado e garantir seu valor através de câmbio fixo (ou em banda), pelo menos até as condições para adoção de uma política liberal, de câmbio livre, se complete?
Exportadores precisam de maior nível de certeza para expandir sua produção. Aqui dentro, o desemprego é alto, a renda familiar está comprometida, os rendimentos reais continuam em queda e a inadimplência atinge uma população apreciável de consumidores. Difícil superar esses obstáculos no curto prazo. A exportação pode ser uma vertente importante de crescimento. 

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