Uma proposta de curto prazo
para o câmbio no Brasil
As commodities vieram
abaixo. As agrícolas - soja, milho, cacau, feijão, trigo, algodão, café, carnes
de frango, de boi e suínas – caem fortemente já há algum tempo. As minerais -minério
de ferro, alumínio, petróleo, ouro, níquel, prata, cobre -, despencaram no dia
de hoje, produzindo forte queda da bolsa de São Paulo. As financeiras - moedas,
títulos públicos de governos federais e ambientais – oscilam ao sabor das
notícias sobre os quadros políticos nacionais.
Não precisa dizer
que essa situação semeia forte intranquilidade entre os exportadores, com um dólar
baixo e indefinido.
No plano teórico a discussão ainda é bi
polarizada. Na visão do mais liberais,
a política cambial deveria ser livre e assentada na extinção de
todos os controles, com conversibilidade plena da moeda, consolidando a
estabilização macroeconômica. Isso, no entanto, pressupõe, no mínimo, um tripé
formado por expressivo superávit fiscal primário, baixo endividamento público e
taxas de juros fixadas pela meta inflacionária e pelo câmbio flutuante. Não é o
que acontece por aqui no momento.
De outro lado, uma visão intervencionista sustenta que os controles permitem independência diante do mercado financeiro de curto prazo. Com isso, reduz a volatilidade do câmbio, limita a valorização em fases de liquidez, reduz pressões de desvalorização em momentos de crise, melhoram as condições de financiamento da dívida pública, evitando a perda de competitividade associada à valorização cambial. Finalmente, reduzem a exposição de bancos e de empresas aos riscos do endividamento externo de curto prazo.
De outro lado, uma visão intervencionista sustenta que os controles permitem independência diante do mercado financeiro de curto prazo. Com isso, reduz a volatilidade do câmbio, limita a valorização em fases de liquidez, reduz pressões de desvalorização em momentos de crise, melhoram as condições de financiamento da dívida pública, evitando a perda de competitividade associada à valorização cambial. Finalmente, reduzem a exposição de bancos e de empresas aos riscos do endividamento externo de curto prazo.
Como a vertente mais clara de crescimento
econômico e do aumento de emprego repousa hoje nas exportações, que tal pensar
em um real mais desvalorizado e garantir seu valor através de câmbio fixo (ou
em banda), pelo menos até as condições para adoção de uma política liberal, de
câmbio livre, se complete?
Exportadores
precisam de maior nível de certeza para expandir sua produção. Aqui dentro, o desemprego
é alto, a renda familiar está comprometida, os rendimentos reais continuam em
queda e a inadimplência atinge uma população apreciável de consumidores.
Difícil superar esses obstáculos no curto prazo. A exportação pode ser uma
vertente importante de crescimento.
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