O Fed entendeu que melhor seria manter os estímulos à economia
O comunicado da reunião de ontem do FOMC foi claro, reafirmando a
continuidade da política monetária dos Estados Unidos. A taxa de juros fica onde está, entre 0% e 0,25% ao ano, até pelo menos
maio/junho de 2015. O programa de recompra de títulos (papéis lastreados em hipotecas
e treasuries), no valor de US$ 85 bilhões ao mês, continua mantido. Essa liquidez, a juros baixos, é a forma até
agora encontrada para dar suporte à recuperação norte-americana, sobretudos
para a recente volta do crescimento de sua economia.
O Comitê vê um ritmo apenas moderado no crescimento do país, embora a
melhora no mercado de trabalho não tenha passado despercebida. Em outras palavras,
o Fed não ignorou os efeitos recessivos das medidas fiscais, aprovadas pelo
Senado, e que, segundo as expectativas, vai reduzir 1,5% ponto percentual do
crescimento anual do país.
Da fala do Bernanke, após a divulgação do comunicado a propósito dessa
questão, ficou também a certeza de que o Fed ajustará o ritmo de suas compras
de ativos à medida que a economia venha apresentar novos avanços.
Parece que as autoridades econômicas do país dão a recuperação como
certa e que as taxas de juros serão o grande instrumento regulador dos ajustes
da inflação e da liquidez do sistema, no período pós-quantitatives easing.
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