Foi um porre, nesse
final de mês
O dólar avançou no mês
de maio, valorizando-se 5,78%. Na última sessão nessa sexta–feira, a alta foi
de 0,74%, fechando cotado a R$ 3,1873 na venda. O giro financeiro nesse dia esteve
na casa de US$ 1,4 bilhão de dólares. Os analistas estão
divididos em suas previsões. De um lado, afirmam que, a pressão cambial permanece
no médio prazo, à medida que se aproxima o aumento de juros nos Estados Unidos
e que se afasta a possibilidade de recuperação da economia brasileira. O
desempenho do PIB brasileiro no primeiro trimestre do ano, anunciado pelo IBGE,
foi decisivo para a formação dessas expectativas. Por outro lado, o
estoque de swaps cambiais já atende à demanda empresarial por proteção, criando
a convicção de que o Bacen pode rolar cada vez menos contratos daqui para
frente. Em maio, o Banco Central afirma ter rolado em torno de 80 por cento dos
contratos que vencerão no primeiro dia de junho. Dando apoio a essa
segunda previsão, a perspectiva de alta dos juros nos EUA, que até o momento pressionava o
mercado mundial de câmbio, deverá sofrer uma reversão, a partir do anúncio do
fraco desempenho da economia norte-americana, nesse primeiro trimestre. A economia dos Estados Unidos apresentou-se em contração de
0,7%. Trata-se de frustração que surpreendeu o mercado que contava com alta de
0,2%. Esse resultado fez ceder a expectativa de que o FED elevará os juros do país ainda este
ano. Os últimos dados sobre
crescimentos nos Estados Unidos e no Brasil deixaram perplexos investidores e
analistas. A queda do PIB brasileiro ficou aquém do que era previsto, surpreendendo
positivamente a todos, dadas as previsões de um recuo de 0,7%. Também, ao
contrário do que se previa, a forte queda do PIB norte-americano desarmou os argumentos
sobre a consistência da recuperação do país e enfraqueceu a tese sobre altas
nas taxas de juros daquele mercado.
O mês de maio, foi
realmente um porre!
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