Tudo são expectativas
Dos Estados Unidos chegaram notícias boas e ruins.
Mas, as perspectivas de ganhos com as boas notícias ofuscaram as
possibilidades de perdas, com as notícias ruins. Trata-se do velho problema da racionalidade
limitada dos agentes econômicos.
É verdade que:
1)-
o nível de desemprego recuou para 7,5%, no mês de abril. Há, de fato,
um crescimento, ainda que modesto, na procura por mão de obra, alimentado artificialmente pelo programa de estímulos patrocinado pelo Fed.
2)-
a criação de vagas de trabalho também apresentou, em abril, um comportamento
superior às previsões mais otimistas do mercado, com a criação de 165 mil empregos,
segundo o Departamento do Trabalho norte-americano.
Mas
também é verdade que:
3)- as encomendas
feitas à indústria do país apresentaram um recuo preocupante, de 4,0%, no mês de
março. Essa queda de encomendas
pode comprometer o desempenho do mercado de trabalho, já no próximo mês. Os
estoques tendem a subir, pressionando as margens das operações industriais e
reduzindo a oferta de empregos.
4)- o ISM de serviços também apresentou recuo em
abril. Dessa vez, a queda em relação ao mês anterior foi de 1,3 pontos. É de se
imaginar que os efeitos dessas duas quedas se somem, produzindo um efeito recessivo
mais amplo no próximo período.
As bolsas no ocidente, inclusive a brasileira,
comemoraram os resultados do desemprego com altas expressivas, desconsiderando os demais fatos, que
talvez fossem mais relevantes para o curto e médio prazos.
Assim são as volatilidades. Movidas pela
racionalidade limitada e por assimetrias informacionais, realizam ganhos e
perdas como forma de promover e punir as ambições humanas.
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